EVANGELHO – Mc 3, 13-19
Naquele tempo: Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis. E foram até ele.
Então Jesus designou doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar,
com autoridade para expulsar os demônios. Designou, pois, os Doze: Simão, a quem deu o nome de Pedro; Tiago e João, filhos de Zebedeu, aos quais deu o nome de Boanerges, que quer dizer “filhos do trovão”; André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, filho de Alfeu, Tadeu, Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, aquele que depois o traiu.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: O Evangelho de hoje é o famoso chamado dos apóstolos ou Evangelho da vocação dos apóstolos.
Às vezes podemos pensar que a vocação, este chamado de Deus para cumprir uma missão é uma realidade para poucas pessoas. Mas não é verdade: todos nós temos uma vocação, uma missão que Deus deseja que cumpramos aqui na terra e que é única e insubstituível.
Falando nisso, fiquei muito tocado quando li, um tempo atrás, uma reportagem que foi publicada num site onde o artigo fala da origem da famosa música “Solamente una vez” e do chamado para se entregar a Deus de uma modelo espanhola chamada Olalla Oliveros (http://olallaoliveros.blogspot.com.br). O artigo diz assim:
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Solamente una vez
“Solamente una vez” é uma das canções de amor mais formosas. Já a muitas décadas que os apaixonados a cantam e alguns a consideram a “sua” música. Mas Agustín Lara, seu compositor, não fez esse bolero para casais de namorados, mas para seu amigo, o cantor e ator José Mojica.
Em 1942, o cantor mexicano José Mojica sentiu que Deus o chamava para se tornar um sacerdote e ingressou no seminário franciscano de Cuzco (Peru). Cinco anos depois ordenou-se sacerdote. Um pouco antes desses acontecimentos, José participou do filme argentino Melodías de América (Eduardo Moreira, 1942), no qual interpretou o bolero que seu amigo havia composto para ele. A letra diz tudo:
Una vez, nada más
se entrega el alma
con la dulce y total
renunciación,
y cuando ese milagro realiza
el prodigio de amarse,
hay campanas de fiesta que cantan
en mi corazón…
José Mojica não é o único caso de artista que “entrega el alma” e sente “campanas de fiesta” e deixa tudo e se entrega “con dulce y total renunciación” a um amor que não é deste mundo. Um caso recente é o da modelo e atriz espanhola Olalla Oliveros, que mudou das passarelas, da publicidade e das séries de televisão para uma vida de oração e de serviço e ingressou na Ordem de São Miguel Arcanjo, uma associação católica com sede na Espanha.
Ela disse que Deus lhe marcou um casting e não pôde dizer não. Conta que, depois de passar três dias no Santuário de Fátima, em Portugal, enquanto voltava para a Espanha, onde havia vivido uma década cheia de tudo o que pode desejar uma menina imersa no mundo da moda, do cinema e da televisão, não podia tirar da cabeça a ideia de ser freira. “Ria. Dizia a mim mesma: ó, Senhor, como pode ser que você esteja me pedindo isso? Eu ria e chorava. Assim passei todo o caminho no ônibus, de noite”. Ficou cheia de felicidade, tão grande que dava risada: “Era tanta a alegria que a única coisa que fazia era rir”. Nunca havia passado algo assim na sua cabeça: “Eu sonhava em ser atriz”, confessa. “De fato, as coisas iam muito bem para mim.” E conclui: “Entendi que esse gozo e essa felicidade não me darão nem uma calça jeans, nem um namorado, nem um ‘Que bonita você está!’, nem um salto alto”.
“Solamente una vez amé en la vida…”, cantarola a partir deste momento a irmã Olalla do sim a Deus, como se chama agora Ollala. Agustín Lara também a compôs para ela e para tantos apaixonados, porque é uma das mais belas canções de amor.
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Que o Evangelho de hoje e este artigo nos façam pensar na nossa vocação. Qual é a minha vocação? O que Deus quer de mim? Qual é a minha missão aqui na Terra? Tenho sido generoso em dizer sim a Deus?
Todos nós temos a nossa vocação, a nossa missão aqui na Terra. Ninguém veio a este mundo por acaso! Um sinal de que ainda não a encontramos é esse sentir que falta algo em nossa vida. Se a nossa vocação não é algo que abrange todos os aspectos da nossa vida, pelos menos em cada aspecto dela há um querer de Deus. Costumo dividir estes aspectos em quatro: família, trabalho, amigos, sociedade. Há algo concreto que Deus quer de mim hoje, nesta semana, na minha vida na minha família, no meu trabalho com os meus colegas, com os meus amigos e na sociedade.
Que cada um aproveite estes próximos dias — e isso vale para todas as etapas da vida e em qualquer circunstância em que estivermos vivendo — para perguntar a Deus: “Que queres de mim, Senhor?”.
Seguir a vocação é o que dá sentido e preenche toda a nossa vida! Vale a pena descobri-la!!!