EVANGELHO – Mt 11, 20-24
Naquele tempo: Jesus começou a censurar as cidades onde fora realizada a maior parte de seus milagres, porque não se tinham convertido. “Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se os milagres que se realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e cobrindo-se de cinza. Pois bem! Eu vos digo: no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão tratadas com menos dureza do que vós. E tu, Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu? Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os milagres que foram realizados no meio de ti tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria até hoje! Eu, porém, vos digo: no dia do juízo, Sodoma será tratada com menos dureza do que vós!”
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Jesus, no Evangelho de hoje, manifesta sua dor ao ver que muitos dos seus filhos são resistentes a acreditarem nEle apesar de todos os sinais que Ele nos deu para acreditarmos. Procuremos rezar no dia de hoje por todas as pessoas que ainda têm o coração duro, fechado para Deus. Saibamos rezar sempre para que as pessoas se abram para Deus, para o seu Amor, para os seus ensinamentos.
Dando continuidade à nossa série sobre a Santa Missa, começamos a ver ontem como é a Missa do Padre Pio. Hoje vamos continuar a falar disso. O que vou falar está no livro “Padre Pio” de José Maria Zavala.
A Santa Missa para o Padre Pio “era o centro e a fonte de toda a sua espiritualidade”. “A missa”, dizia o Padre Pio, “é o Calvário”. A Santa Missa era a fornalha da sua vida espiritual.
Um frei do vilarejo do Padre Pio testemunhava: “Os fiéis faziam um silêncio total. O Padre Pio tirava as luvas que protegiam as suas chagas das mãos e as entregava para mim. São Francisco de Assis ia à frente, seguido por muitos santos franciscanos; depois vinha Nossa Senhora com legiões de anjos. No início da Missa, quando o Padre Pio pedia perdão dos pecados, batia tão forte no peito que se ouvia em toda a Igreja, como se fosse o maior pecador do mundo. Durante a celebração, o Padre Pio era açoitado e coroado de espinhos. Na Comunhão, morria”.
Um outro frei deu este testemunho: “Depois que o Padre Pio fazia a consagração na Missa, isto é, quando repetia as palavras da Última Ceia, algo extraordinário podia ser visto no seu rosto: seu rosto se transformava no rosto de Jesus. Na consagração o Padre Pio parecia imergir-se num misterioso, acalorado, amorosíssimo diálogo com o invisível (…) A sua extraordinária expressão mística e a comoção que o acompanhava ao pronunciar as palavras que Jesus deixou aos discípulos na Última Ceia, tiveram sempre a força de reacender o amor Eucarístico nas almas adormecidas e de provocar inumeráveis conversões”.
Um outro frei dizia: “Numa ocasião, ajudando a Missa do Padre Pio, antes dele dar a Comunhão, ainda no altar, ele se virou e eu pude ver Jesus no seu lugar… Eu adorava contemplar o Padre Pio comungando, pois seu rosto se transfigurava numa beleza incrível”.
O Padre Tarcísio amigo íntimo Padre Pio revela um diálogo que teve com ele numa ocasião:
– Padre Pio! Como você pode ficar tanto tempo no altar apoiado sobre as chagas dos pés?
– Da mesma forma como Jesus se manteve na Cruz!
– Então, você fica suspenso, pregado na Cruz como Jesus, durante a missa?
– Exatamente.
– Na Santa Missa você também morre com Jesus?
– Sim, misticamente. E isso ocorre na Comunhão.
– O que é que te causa a morte?
– O que me causa a morte é a intensidade da dor e do amor. As duas coisas juntas, mas principalmente o amor.
– Quanta glória você acha que dá a Deus na Santa Missa?
– Uma glória infinita!
– Como devemos assistir à Santa Missa?
– Como assistiram no Calvário a Santíssima Virgem, São João e as piedosas mulheres; da mesma forma.
– Que frutos recebemos ao assistir à Santa Missa?
– Ah! Isso não pode ser calculado! De acordo com sua devoção! No Paraíso você saberá!
Uma paroquiana, muito próxima do Padre Pio, que se chamava Cleonice Morcaldi também dá testemunho de um diálogo que teve com ele:
– Padre, o que devo ver na vossa Santa Missa?
– Todo o Calvário.
– Padre, diga-me, quanto você sofre na Santa Missa?
– Tudo aquilo que sofreu Jesus na Paixão, de modo proporcionado, eu o sofro, quanto é possível a uma criatura humana.
– Padre, é verdade que durante a Missa você sofre o suplício da coroação de espinhos?
– E você tem dúvida?
– Por que você chora sempre, Padre, quando lê o Evangelho?
– E parece pouco a você que um Deus converse com as suas criaturas?
– Por que você chora no Ofertório?
– Pois, é o momento em que a alma é separada do profano.
Continua o autor do livro que mencionei: Sem a Missa, o Padre Pio não concebia a sua vida. Quando alguém lhe confessou sua distração durante a Santa Missa, não hesitou em repreendê-lo: “Mas meu filho, isso aconteceu com você porque você não sabe o que é a missa! A Missa é Cristo no Calvário, com Maria e João aos pés da Cruz, e os anjos em adoração permanente.
Também testemunhou o Padre Pio numa ocasião: “É mais fácil o mundo viver sem o sol do que viver sem a Missa”.
Lição: vamos vendo como a Missa é algo muito especial. É um momento de uma união profundíssima com Deus de onde obtemos frutos indizíveis.
