NATAL: ALEGRIA

EVANGELHO – Lc 1, 39-45

Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
o Evangelho de hoje nos traz esta passagem em que Nossa Senhora, agora sabendo através do Arcanjo Gabriel que sua prima Santa Isabel estava grávida e iria dar à luz, foi com pressa à sua casa. Chama a atenção nesta cena a generosidade de Nossa Senhora. Sabendo que ela iria dar à luz o Messias, o Salvador, poderia estar completa absorta em preocupações e não conseguir pensar em mais nada. De fato, que mãe não ficaria, além de muitíssimo alegre, muito aflita, ao saber que dentro de nove meses daria à luz o Messias tão esperado? No entanto, a nossa querida Mãe esquece de si mesma e vai ajudar sua prima, pois era já de idade avançada. Que o exemplo de Maria Santíssima nos leve a ser mais generosos e dar o nosso tempo aos outros.

Continuando às locuções de Nossa Senhora ditas ao Padre Gobbi nos dias 24 de dezembro, vamos refletir sobre a locução do ano 1987.

* * *

Dongo (Itália), 24 de dezembro de 1987

“Neste ano a Mim consagrado, filhos prediletos, convido-vos a vigiar comigo, vossa Mãe Celeste, e com o meu castíssimo Esposo José, na oração, na confiança e na espera.

É a Noite Santa.

Quanta dificuldade para fazer o longo percurso até Belém; quanto sofrimento perante cada recusa em nos abrirem uma porta; quanta confiança no Pai, que nos conduz pela mão para a realização do seu grande desígnio de Amor.

Um desígnio que se cumpre com o surgir de circunstâncias inesperadas, que preparam o acontecimento deste prodígio extraordinário: o gesto piedoso de um pastor que indica uma gruta próxima; o abrir-se de uma única porta, num refúgio pobre e desprovido de tudo; o empenho humano para tornar o lugar mais acolhedor; e sobretudo a nossa perfeita aceitação da vontade do Pai Celeste, que preparou um berço de pobreza e de frio para o seu Filho Unigênito que nasce.

Mas é doce para o seu Coração de Menino, acabado de nascer, o calor do meu amor, e berço macio os meus braços, que O envolvem com ternura infinita; os meus beijos maternos tornam-se pérolas preciosas e o manto real para Ele são os pobres panos com que o envolvo.

De repente as trevas são penetradas por uma luz vivíssima, que chove do céu; o silêncio ressoa com os dulcíssimos cânticos e harmonias celestiais, a solidão se enche de inúmeras multidões de Anjos, enquanto a noite se abre ao Natal de um dia que não conhece ocaso.

É a Noite Santa.

É a Noite que venceu para sempre todas as trevas.

É a Noite que se abre a um anúncio de alegria que vem do Céu: “Dou-vos um anúncio que é de alegria para todos: nasceu para vós um Salvador, que é Cristo Senhor”.

Ainda hoje a noite envolve o mundo inteiro e as trevas adensam-se na vida dos homens e dos povos. São as trevas da falta de fé, da rebelião obstinada, de uma grande rejeição Deus.

É o gelo do pecado, que mata no coração dos homens todos os rebentos de vida e de amor.

É a pobreza de um homem atraiçoado na sua dignidade, vilipendiado e reduzido à escravidão interior.

É o silêncio de Deus que pesa sobre o barulho de vozes e de gritos, sobre a contínua difusão de palavras e de imagens.

Mas na noite profunda deste vosso século, eis a minha Luz materna que surge como aurora e se difunde por toda a parte da terra.

Com a minha voz, que vos faço ouvir em tantos lugares; com a minha presença que se torna mais forte e extraordinária; com as minhas mensagens que se tornam urgentes, quero repetir novamente a todos na Noite Santa deste ano mariano: Eu sou a aurora que prepara o nascimento do sol luminoso de Cristo.

Hoje quero dar a todos os meus filhos um anúncio de alegria: já está próximo o tempo do Seu glorioso retorno!”

Lição: as palavras de Nossa Senhora neste dia de Natal ao longo de todos estes anos de locuções são sempre de uma profunda alegria e, ao mesmo tempo, de dor pela frieza dos corações humanos. Nossa Mãe vive imersa no realismo do mundo não falando só da alegria do Natal nem só da frieza e dureza dos corações humanos, dos seus filhos, que se fecham para este Deus que é todo Amor. Mas Nossa Senhora revela que seu Filho é vitorioso e, por isso, devemos nos encher de alegria. Diz nossa Mãe: “É a Noite Santa. É a Noite que venceu para sempre todas as trevas. É a Noite que se abre a um anúncio de alegria que vem do Céu: “Dou-vos um anúncio que é de alegria para todos: nasceu para vós um Salvador, que é Cristo Senhor””.

Deixemo-nos invadir pela alegria!!! Jesus venceu e para sempre e vence todas as trevas!!! O que podemos temer se Deus é nosso Pai e nos ama com um amor infinito e nunca desiste de nós? Façamos hoje o propósito de lutar contra toda tristeza, contra todo mau-humor. Como dizia São Josemaria, a tristeza não cabe para os filhos de Deus, mas somente para aqueles que não têm fé, para os pagãos. Pensemos nisso!!!

NATAL: ALEGRIA

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