EVANGELHO – Jo 2, 1-11
Naquele tempo: Houve um casamento em Caná da Galileia. A mãe de Jesus estava presente. Também Jesus e seus discípulos tinham sido convidados para o casamento. Como o vinho veio a faltar, a mãe de Jesus lhe disse: “Eles não têm mais vinho”. “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”.
Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”.
Estavam seis talhas de pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma delas cabiam mais ou menos cem litros.
Jesus disse aos que estavam servindo: “Enchei as talhas de água”. Encheram-nas até a boca. Jesus disse: “Agora tirai e levai ao mestre-sala”. E eles levaram.
O mestre-sala experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham tirado a água. O mestre-sala chamou então o noivo e lhe disse: “Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e, quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora”! Este foi o início dos sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Como sabemos, hoje é a grande festa de Nossa Senhora Aparecida. Como vimos no Evangelho de hoje, o poder de Nossa Senhora por ser mãe de Deus é tão grande que mudou por assim dizer os planos de Deus. Ainda não era hora de Jesus começar a fazer milagres, como Ele mesmo diz, “minha hora ainda não chegou”, porém ao pedido delicado e amoroso da sua mãe, Jesus faz a sua vontade.
Para elucidar este poder, gostaria de contar o milagre, que alguns já conhecem, que o Lourival Leonetti Júnior alcançou por intercessão de Nossa Senhora Aparecida, que aliás está hoje, como todos os anos, rezando diante dela no seu santuário depois de vários dias fazendo uma romaria.
Em 1991, Lourival, com 21 anos, estava trabalhando numa colheitadeira de arroz quando, de repente, ela entrou em pane. Ele se levantou para dar uma olhada e verificar o que estava acontecendo e, nesse momento, a máquina deu um tranco e o arremessou contra as lâminas que estavam funcionando. Foi levado para o hospital em coma, com fratura no crânio, uma vértebra quebrada, outra moída. Em determinado momento seu pai pediu que desligassem os aparelhos, mas os médicos negaram. Dois anos e meio depois, ele acorda e começa a falar com um médico, que lhe diz que está paraplégico e que terá que viver numa cadeira de rodas.
Lourival se revolta profundamente contra Deus, dizendo que preferiria ter morrido no acidente a ter que viver o resto da sua vida numa cadeira de rodas, sendo ainda tão jovem. Um tempo depois, num consultório médico, ao se aproximar da balança equipada com aquele ferro para medir a altura, dominado pela sua revolta, tenta enfiá-lo no peito. O médico vê e dá um chute na balança. Em outra ocasião, pega uma arma, coloca-a na boca e dá cinco tiros. Apesar delas explodirem, nenhuma saiu do cano.
Ao dar-se conta que alguém lá em cima não queria que ele tirasse a vida, decidiu reconciliar-se com Deus. Vai a uma igreja dedicada a Nossa Senhora Aparecida e passa horas rezando e chorando. Sai de lá decidido a cumprir a promessa de um milagre como se já tivesse alcançado. A promessa é ir à Aparecida de cadeira de rodas. Vai a um serralheiro e a um bicicleteiro para reforçá-la.
Pega a estrada com uma capa de chuva, algumas provisões e um terço, que iria rezando no caminho. Andando um pouco mais adiante, viu que terminava o acostamento da estrada, e um caminhão freia em cima dele. O motorista para, quer ajudá-lo, mas ele não deixa. O caminhoneiro diz que aquilo seria uma loucura e que demoraria uns quatro meses para chegar, já que estava em Bauru, a 400 km de Aparecida. Lourival não se importou e continuou o seu caminho. Um tempo depois, um jornalista que passava constantemente por aquela estrada decidiu parar e conversar com ele. Ficou impressionado e foi embora. No dia seguinte, o nosso pagador de promessas acorda com um helicóptero sobrevoando por cima dele. É um cineasta querendo saber mais informações sobre a sua história. Mais adiante, quem para é Hebe Camargo, que lhe pergunta de que ele precisa. Ele diz que precisa de uma cadeira de rodas nova, pois a sua está muito ruim. Dias depois, recebe uma nova. Em São Paulo, ao chegar à marginal, os controladores de trânsito bloqueiam uma via para ele passar. Passados mais uns dias, quem o parou foi o médico neurocirurgião que cuidou dele na ocasião do acidente. Levou-lhe uma daquelas camas que são enchidas com água para que ele tivesse uma boa noite de sono. No dia seguinte, de modo inesperado, suas pernas se mexeram. O médico fica extasiado, mas Lourival decide subir na sua cadeira de rodas e continuar seu caminho a Aparecida. No trajeto suas pernas foram se regenerando. Fugindo dos meios de comunicação, chega ao santuário; depois de rezar um terço, fica de pé e consegue dar uns passos. Saindo do santuário sente uma dor fortíssima na coluna e cai de dor. Indo ao pronto-socorro, tiram uma chapa da coluna e ela está totalmente regenerada.
Seu milagre foi tão impressionante que foi levado à Santa Sé, ao Vaticano, e foi aprovado. Foi o terceiro milagre obtido por intercessão de Nossa Senhora Aparecida que foi aprovado pela Santa Sé desde 1717, ano da sua aparição.
Que esta história impressionante de fé sirva para acreditarmos no imenso poder de Nossa Senhora e que saibamos recorrer a ela toda vez que precisarmos. Coloquei também na descrição do vídeo um link de um vídeo muito interessante contando a devoção da Princesa Isabel e Nossa Senhora Aparecida, as graças que alcançou dela e a consagração que fez do Brasil à nossa padroeira.