NOSSA SENHORA: SANTÍSSIMO NOME DE MARIA

EVANGELHO – Lc 6, 12-19

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus. Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais deu o nome de apóstolos: Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André; Tiago e João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota; Judas, filho de Tiago, e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
Jesus desceu da montanha com eles e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e grande multidão de gente de toda a Judeia e de Jerusalém, do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças. E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus também foram curados.
A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
como dissemos, comemoramos hoje a festa do Santíssimo Nome de Maria. Esta festa começou a ser comemorada no século XVII.

Não fazemos ideia do poder da nossa mãe Santa Maria e do seu nome. Para vocês perceberem um pouco, vejam um pequeno trecho de um sermão do Padre Antônio Vieira sobre esta festa:

O cardeal São Pedro Damião, escrevendo a origem do nome de Maria, diz que o tirou e desenvolveu Deus dos tesouros de sua divindade. Não encomendou Deus a instituição deste soberano nome, nem a Adão, nem a Noé, ou a algum dos maiores patriarcas, nem a Miguel, nem a Gabriel, ou a algum dos mais sábios querubins ou serafins do céu, mas assim como o conceito e a ideia deste grande nome foi o entendimento divino, assim o som e a voz quis que fosse pronunciado de sua própria boca. E quem duvida que a mais alta e excelente dignidade a que pode subir em sua origem uma criatura é ter por seu imediato e total autor o mesmo Deus? Ao terceiro dia da criação do mundo disse Deus à terra que produzisse as ervas e as plantas. Ao quinto disse à água que produzisse os peixes e as aves. Ao sexto dia tornou a falar com a terra, e disse-lhe que produzisse todo o gênero de animais. Porém, no quarto dia, em que houve de ornar o firmamento e alumiar o mundo com o sol, lua e estrelas, não disse Deus ao céu que as produzisse, senão que ele por si mesmo fabricou e acendeu aqueles luminares do universo, e por si mesmo as colocou no firmamento. Pois, se Deus mandou à terra que produzisse as plantas e animais, se mandou à água que produzisse peixes e as aves, por que não mandou também ao céu que produzisse o sol e a lua, e os outros planetas? E se a terra produziu as flores, que são as suas estrelas, o céu por que não produziu as estrelas, que são as suas flores? Porque essa é a diferença que Deus costuma observar na produção de suas criaturas, conforme a dignidade delas. As plantas e os animais produza-os a terra, os peixes e as aves produzamos a água, porém, o sol, a lua e as estrelas, que na alteza do lugar, nos resplendores da luz e na virtude das influências excedem, com tanta eminência, a tudo quanto lhes fica abaixo neste mundo elementar, nem ao mesmo céu comete Deus a sua produção, senão que ele por si mesmo as produziu: e ele mesmo lhes dividiu e distribuiu os postos.

Tal foi o respeito e autoridade com que foram criados e postos no firmamento o sol, a lua e as estrelas, para que nesta mesma exceção se esteja lendo no céu, escrito com letras de ouro, o singular privilégio e dignidade com que Deus não comunicou a outra pessoa, mas reservou para si a formação e instituição do nome de Maria, isto é, daquela mesma Senhora a quem no mesmo céu veste o sol, calça a lua e coroam as estrelas.

Santo Abade Raimundo Jordão: “Ó Maria a Santíssima Trindade Vos deu um Nome que, depois do de vosso Filho, está acima de todos os nomes; Nome a cuja pronunciação devem dobrar o joelho todas as criaturas do Céu, da terra e do Inferno, e toda língua confessar e honrar a graça, a glória e a virtude do santo nome de Maria. Porque, depois do nome de vosso Filho, não há quem seja tão poderoso para nos assistir em nossas necessidades, nem de quem devamos esperar mais os socorros que necessitamos para nossa eterna salvação.”

Imitação de Cristo: “Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado.”

Ricardo De São Vítor: “O nome de Maria cura os males do pecador com maior eficácia do que a dos unguentos mais procurados; não há doença, por desastrosa que seja, que não ceda imediatamente à voz desse bendito nome”.

Padre J. Guibert: O Nome de Maria desarma o coração de Deus. Não há pecador, por mais criminoso, que pronuncie em vão esse nome. Embora merecesse, por suas faltas, todas as cóleras do céu, ele se vê protegido como por inviolável para-raios, logo que articule o nome de Maria.

Padre Antônio Vieira: “Só vos digo que invoqueis o nome de Maria quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida”

São Bernardo:
Se o vento das tentações se elevar, se o recife das provações se erguer na tua estrada, olha para a Estrela, chama por Maria.
Se fores sacudido pelas vagas do orgulho, da ambição, da maledicência, do ciúme, olha para a Estrela, chama por Maria.
Nos perigos, nas angústias, nas dúvidas, pensa em Maria, invoca Maria. Que seu nome nunca se afaste de teus lábios, que não se afaste de teu coração; e, para obter o auxílio da sua oração, não te descuides do seu exemplo de vida.

Santo Afonso Maria de Ligório, no livro “Glórias de Maria”, propõe uma oração que sugiro para todos para invocar o Santo Nome de Maria:

Grande Mãe de Deus e minha Mãe, ó Maria! É verdade que não sou digno de proferir o vosso nome; mas vós, que me tendes amor e desejais a minha salvação, concedei-me, apesar da minha indignidade, a graça de invocar sempre em meu socorro o vosso amantíssimo e poderosíssimo nome, pois é ele o auxílio de quem vive e a salvação de quem morre. Puríssima e dulcíssima Virgem Maria, fazei que seja o vosso nome, de hoje em diante, o alento da minha vida. Senhora, não tardeis a socorrer-me quando vos invocar, pois, em todas as tentações que me assaltarem, em todas as necessidades que me ocorrerem, não quero deixar de vos chamar em meu socorro, sempre repetindo: Maria! Maria! Assim espero fazer durante a vida; assim espero fazer, particularmente, na hora da morte, para ir, depois, eternamente louvar no céu o vosso querido nome, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria!

Lição: recorramos a Nossa Senhora pronunciando o seu nome com muita frequência e veremos os frutos imensos que virão.

NOSSA SENHORA: SANTÍSSIMO NOME DE MARIA

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