DOUTRINA CATÓLICA (32): MANDAMENTOS (6)

EVANGELHO – Mc 8, 22-26

Naquele tempo, Jesus e seus discípulos chegaram a Betsaida. Algumas pessoas trouxeram-lhe um cego e pediram a Jesus que tocasse nele. Jesus pegou o cego pela mão, cuspiu nos olhos dele, colocou as mãos sobre ele, e perguntou: “Estas vendo alguma coisa?” O homem levantou os olhos e disse: “Estou vendo os homens. Eles parecem árvores que andam”. Então Jesus colocou de novo as mãos sobre os olhos dele e ele passou a enxergar claramente. Ficou curado, e enxergava todas as coisas com nitidez. Jesus mandou o homem ir par casa, e lhe disse: “Não entres no povoado!”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
vemos hoje Jesus realizando outro milagre parecido com o do surdo que tinha a língua travada. Desta vez o milagre terá duas etapas. Primeiro o cego verá meio turvo, homens parecendo árvores, e depois verá com nitidez. Parece que Jesus brinca com os seus filhos, curando-os cada um de uma forma. Talvez o motivo da cura gradual seja a falta de fé deste homem. Não sabemos. Não há nenhuma informação a respeito. A maior alegria de Cristo não é a cura da cegueira física, mas da espiritual. Filhos que não tinham a luz da fé e agora tem. Peçamos hoje a Deus que nos liberte de toda cegueira espiritual.

Continuando nossa série sobre a Doutrina Católica, na semana passada vimos o Quarto Mandamento. Hoje vemos a primeira parte do Quinto Mandamento, Não matar, pois ele é mais complexo.

QUINTO MANDAMENTO: NÃO MATAR

O que prescreve o quinto mandamento?
O quinto mandamento prescreve que se conserve e defenda a integridade da vida humana – própria e alheia. Proíbe tudo quanto atente contra a integridade corpórea de nós mesmos ou do próximo.

Por que respeitar a vida humana?
A vida humana deve ser respeitada porque é sagrada. É obra de Deus. Só Ele pode gerá-la e tirá-la. Nenhuma criatura tem o direito de tirá-la.

Por que a legítima defesa não vai contra este mandamento?
Porque com a legítima defesa se exerce a escolha de defender e valorizar o direito à própria vida e à dos outros, e não a escolha de matar. Para quem tem responsabilidade pela vida do outro, a legítima defesa pode até ser um dever grave. Porém ela não deve comportar um uso da violência maior que o necessário.

A Igreja permite a pena de morte?
Teoricamente a Igreja permite a pena de morte na lógica do Bem Comum. Assim como amputamos uma perna gangrenada para que não leve à morte de um ser humano, da mesma forma permite-se tirar a vida de um indivíduo que, não tendo a possibilidade de mantê-lo recluso, atenta contra o bem da sociedade, tirando sempre a vida de muitas pessoas. Porém hoje, dentro das possibilidades do Estado para reprimir o crime, os casos de absoluta necessidade da pena de morte «são praticamente inexistentes» (Evangelium vitae).

Que proíbe o quinto mandamento?
O quinto mandamento proíbe como gravemente contrários à lei moral:
– O homicídio direto e voluntário e a cooperação nele;
– O aborto direto, querido como fim ou como meio, e também a cooperação nele, porque o ser humano, desde a sua concepção, deve ser, em modo absoluto, respeitado e protegido totalmente;
– A eutanásia direta, que consiste em pôr fim à vida de pessoas com deficiências, doentes ou moribundas, mediante um ato ou omissão duma ação devida;
– O suicídio e a cooperação voluntária nele, enquanto ofensa grave ao justo amor de Deus, de si e do próximo: a responsabilidade pode ser ainda agravada por causa do escândalo ou atenuada por especiais perturbações psíquicas ou temores graves;
– As Manipulações genéticas, pois sendo sagrada a vida humana, não pode ser objeto de nenhum tipo de manipulação; também sendo uma vida humana desde o momento da concepção, deve ser respeitada e tratada como pessoa, sendo-lhe reconhecida todos os seus direitos.

Por que é que a sociedade deve proteger o embrião?
O direito inalienável à vida de cada ser humano, desde a sua concepção, deve ser um elemento constitutivo da sociedade civil e da sua legislação. Quando o Estado não coloca a sua força ao serviço dos direitos de todos e em particular dos mais fracos e, entre eles, dos concebidos ainda não nascidos, passam a ser minados os próprios fundamentos do Estado de direito.

Lição: que hoje seja um dia para rezarmos para que os homens percebem a sacralidade da vida e saibam respeitá-la mais.

DOUTRINA CATÓLICA (32): MANDAMENTOS (6)

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