CARIDADE (5): A VIRTUDE DO ACOLHIMENTO

EVANGELHO – Lc 12, 35-38

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Que vossos rins estejam cingidos e as lâmpadas acesas. Sede como homens que estão esperando seu senhor voltar de uma festa de casamento, para lhe abrir imediatamente a porta, logo que ele chegar e bater. Felizes os empregados que o senhor encontrar acordados quando chegar. Em verdade eu vos digo: Ele mesmo vai cingir-se, fazê-los sentar-se à mesa e, passando, os servirá. E caso ele chegue à meia-noite ou às três da madrugada, felizes serão, se assim os encontrar!
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
Jesus hoje nos fala de estarmos preparados para quando Ele nos chamar à sua presença. Uma forma de estarmos preparados é estarmos sempre em estado de graça, isto é, sem nenhum pecado grave na alma sem tê-lo confessado. Tenho procurado confessar-me com frequência? Se você não se confessa há muitos anos, que tal aproveitar estes próximos dias para fazer uma confissão destes anos todos? Saiba que Deus ficará muito feliz por isso, pois não vê a hora de voltar a morar na nossa alma em graça. No meu site há um roteiro para preparar a confissão. Para entrar no meu site basta digitar: app.fecomvirtudes.com.br

Continuando a nossa série sobre a caridade, a partir de agora veremos as virtudes menores que a compõem. Vamos começar pela virtude do acolhimento.

A virtude do acolhimento

Uma manifestação da caridade, sem dúvida, é acolher as pessoas.

Na vida de Cristo vemos diversos exemplos de pessoas que acolheram, com toda a alegria, Jesus Cristo. Um deles é o episódio de Marta e Maria.

Jesus chega com seus discípulos, sem prévio aviso, à casa dos irmãos Marta, Maria e Lázaro que ficava em Betânia, há poucos quilômetros de Jerusalém. Sabemos que Jesus gostava de passar na casa destes irmãos todas as vezes que ia a Jerusalém. Jesus gostava, com toda certeza, porque eles o acolheriam calorosamente. Em contraste com este acolhimento cheio de afeto destes três irmãos, Jesus na casa de Simão, o fariseu, foi recebido com certa frieza, não recebendo as boas-vindas normais que um convidado costumava receber. Jesus o censura comparando com a mulher pecadora que entrou no banquete e foi chorar aos seus pés, dizendo-lhe: “(Simão) entrei em tua casa e não me deste água para lavar os pés; mas esta, com as suas lágrimas, regou-me os pés e enxugou-os com os seus cabelos. Não me deste o ósculo; mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta, com perfume, ungiu-me os pés”.

Sou uma pessoa que gosta de acolher as pessoas? Não há dúvida que há pessoas que por temperamento são mais sociáveis do que outras mas, de um modo ou de outro, todos temos que ser bons acolhedores, pois quem ama, fica feliz em acolher.

O que significa acolher? Significa receber bem, receber com alegria, gostar de receber as pessoas, receber com generosidade. Neste receber com generosidade, faz-me lembrar o que me contava um amigo de origem muito simples que sua casa vivia cheia de gente. Sua mãe sempre acolhia as pessoas que passavam pela cidade e procuravam um lugar para pernoitar, acolhia os pobres, dando-lhes algo para comer, os parentes etc. Sua recordação era a sua casa sempre cheia de gente.

Lembro-me também de uma ocasião uns anos atrás que passei uns dias na cidade de Fortaleza e, como meu relógio parou de funcionar, procurei uma relojoaria para trocar a bateria. Entrei na loja e já perguntei: vocês têm bateria para este relógio? Nesta hora o dono da relojoaria, levantou-se, olhou para mim e me disse: “Senta aí… relaxa… você quer uma água… como você se chama?” Nesta hora me senti o perfeito paulista, apressado e estressado que vai atrás do seu objetivo e o ser humano fica em segundo plano. Mais certos estão os cearenses que sabem valorizar a pessoa humana.

O que fazer para sermos mais acolhedores?

Em primeiro lugar, gostar mais das pessoas. Nesta hora em sempre me lembro de uma moça que me disse: “eu adoro o ser humano; cada ser humano é um mundo, uma riqueza”. Será que eu gosto do ser humano como Cristo gosta?

Em segundo lugar, sendo menos egoístas. Muitos de nós temos a tendência a fechar-nos no nosso mundinho, ficar dentro de uma redoma aconchegante e tranquila. Não há dúvida que precisamos dos nossos tempos de paz e tranquilidade para recompor-nos, mas o próprio do ser humano é dilatar o seu coração. Pensemos nisso.

Em terceiro lugar, combatendo a pressa e a correria que nos impedem de ter tempo para os outros. Muitas vezes a pressa e a correria são também armaduras do egoísmo: encher-se de interesses pessoais sem ter tempo para o próximo.

Lição: a caridade, o amor pelo próximo, não será completo se faltar a virtude do acolhimento. Vejamos diante de Deus como podemos fazer para crescer nesta virtude.

CARIDADE (5): A VIRTUDE DO ACOLHIMENTO

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