EVANGELHO – Jo 15, 9-11
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: “Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: que maravilhoso é ouvir que Jesus nos ama como o Pai o ama. Veja só: somos objetos de um amor que não há nenhum parâmetro na terra! Com um amor por nós tão grande, não é verdade que dá muita alegria fazer tudo aquilo que Jesus nos recomenda? E o que Jesus nos recomenda, de modo concreto, é cumprir os seus mandamentos com a condição de permanecer no seu amor. Não sejamos tontos deixando de obedecer aos mandamentos e perdendo este amor de Deus sem igual. Um deles, não esqueçamos, é ir à missa todo domingo. Outro é viver a castidade: não buscar o prazer no próprio corpo, não olhar para alguém de modo impuro, não ter relações antes do casamento, não viver como casal sem estar casado na igreja, não usar nenhum método contraceptivo etc. São realidades exigentes, não há a menor dúvida, mas Deus sabe infinitamente melhor do que nós, o que nos leva ao amor perfeito. Se não entendemos alguns mandamentos de Deus, sejamos humildes e respeitemos Aquele que nos ama tanto. E sejamos sábios de não perder este Amor.
Continuando nossa série sobre a Providência divina, gostaria hoje de citar dois exemplos próximos a mim de como Deus cuida de tudo.
Um deles aconteceu com um rapaz que conheci na igreja São Gabriel nos anos que estive lá trabalhando. Ele trabalhava ao lado da igreja e em determinado dia começou a passar lá todo dia, pois começou a passar dificuldades financeiras. Antes disso, sua empresa funcionava normalmente. O que passou a acontecer foi que a partir de um determinado momento, começou a não fechar nenhum contrato. Ele ia à igreja e conversávamos um pouquinho e se queixava desta situação. Eu sempre lhe dizia que Deus ouvia as suas orações e que uma hora aquele nó iria se desenrolar. E assim foi durante um mês, dois meses, três meses, e nada. Como fui acompanhando-o, fui “sofrendo” junto com ele. E o tempo passava e a situação permanecia. Era inacreditável. Como por anos tudo corria normalmente e de repente a coisa não fluía. Depois de uns 8 meses finalmente fechou um contrato maravilhoso que o fez respirar e pouco a pouco voltar tudo ao normal. Deus manifestou-se como que aos 48 do segundo tempo. E, de fato, tenho visto várias vezes isso acontecer com outras pessoas. Deus tem os seus motivos para que submeta algumas pessoas à esta prova. Mas o fato é que, como sempre, nunca nos abandona.
Outro episódio aconteceu na pandemia com um amigo padre. Passei um tempo sem vê-lo e quando nos encontramos me disse que havia experimentado na pele o que é a Providência divina. Aí contou que distribuía 600 marmitas por semana aos pobres da região da paróquia. Ao começar a pandemia, com as igrejas fechadas, não entraria a contribuição dos fiéis e, portanto, não daria para manter esta ajuda a estas pessoas. Porém, iluminado por Deus, pensou que na pandemia, mais do que nunca, aquelas pessoas teriam mais dificuldade ainda de alimentar-se. Decidiu, então, manter esta ajuda. No final de cada mês, e isso durou vários meses, ao ter que pagar as contas da paróquia, somando as ajudas que recebia, totalizava o dinheiro exato para pagá-las. Impressionante, não é. Deus cuida de tudo, não deixa faltar nada.
Lição: que estas histórias sirvam para reforçar ainda mais a certeza do cuidado de Deus por nós.
