EVANGELHO – Lc 1, 39-45
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: o Evangelho de hoje, por estarmos no ano C, coincide com o de ontem. Hoje vamos duas outras considerações. A primeira é da alegria de São João Batista ao receber a visita de Jesus e de Maria. Todos estes acontecimentos em torno ao nascimento de Jesus são muito especiais. Não é comum uma criança pular no ventre da sua mãe por receber a visita de alguém. Porém Deus está ali tão presente que nada é estranho. Este pulo de São João Batista é um pulo de alegria e um testemunho de que Maria carrega no seu ventre alguém muito importante. A segunda consideração é a do elogio de Santa Isabel a Nossa Senhora: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Estas palavras são tão especiais que passaram a fazer parte da Ave-Maria. E como são belas também as palavras que seguem de Santa Isabel: “Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar?” Santa Isabel acredita com toda a fé que Maria abriga o próprio Deus, o seu Senhor, dentro dela. Saibamos saborear estes acontecimentos em torno ao nascimento de Nosso Senhor.
Preparando-nos para o Natal, a Maria Nazaré nos traz a seguinte reflexão para o dia de hoje:
Novena de Natal – 7° dia – 22/12
“Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio do seu curso, a tua Palavra todo-poderosa, vinda do céu, do seu trono real, precipitou-se” (Sb 18, 14-15). Menino, meu coração muitas vezes está cheio de ruídos e intranquilo. Por isto, neste momento, levarei à manjedoura a palha do Silêncio. Vou me recolher agora para ouvir a Palavra que desce do seu trono real e vem habitar em meu coração. “Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: ‘Esta é a morada de Deus-com-os-homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus’” (Ap 21,3). Senhor, tua Palavra tem poder. Ela aquieta meus sentidos, e todo o meu ser. Neste momento de silêncio, sinto tua Palavra crescer dentro de mim. Deus conosco, Deus comigo. É o Natal! Vem, Menino! Farei silêncio, e você dormirá tranquilo! E com Ti, em mim, também me tranquilizo: “Ele enxugará todas as lágrimas. E não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4). Amém.
Comentário:
Estamos nos aproximando do nascimento de Nosso Senhor. A Maria Nazaré nos sugere que silenciemos. Como é importante o silêncio. Se, no silêncio, vamos lendo a Palavra de Deus, elas penetram no fundo da nossa alma.
Experimentemos fazer silêncio e ler as passagens da Bíblia que a Maria Nazaré cita na sua reflexão:
“Quando um tranquilo silêncio envolvia todas as coisas e a noite chegava ao meio do seu curso, a tua Palavra todo-poderosa, vinda do céu, do seu trono real, precipitou-se” (Sb 18, 14-15).
“Então, ouvi uma voz forte que saía do trono e dizia: ‘Esta é a morada de Deus-com-os-homens. Ele vai morar junto deles. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será seu Deus’” (Ap 21,3).
“Ele enxugará todas as lágrimas. E não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4).
Não é verdade que lendo-as em silêncio estas palavras penetram no fundo do nosso coração e passam a ter uma força indescritível? Se as lemos rapidamente, ficamos só com o entendimento delas. Porém, lendo-as com calma, fazendo silêncio, elas são como uma explosão na nossa alma.
Saibamos ler a Palavra de Deus com calma, saboreando-as. Fazendo isto, veremos como ela é, como diz a própria Bíblia, “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Heb 4, 12).