EVANGELHO – Mt 11, 25-30
Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar. Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Nosso Senhor vindo à terra trará inúmeras graças a nós. E uma destas graças é a que comenta no Evangelho de hoje: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso”. Quantas vezes o fardo da nossa vida é muito pesado! A morte de um familiar, passar meses sem ver uma saída no âmbito financeiro, desejar ser mãe e não conseguir engravidar, ser alvo de uma grande injustiça etc. Como é bom ouvir estas palavras consoladoras de Cristo: que podemos ir até Ele e Ele nos dará descanso. Jesus está sempre junto de nós. Corramos logo ao seu encontro na primeira rajada de vento mais forte. Mas também saibamos procurá-lo nos bons momentos para que Ele nos mostre sempre o caminho que devemos seguir.
A Maria Nazaré nos traz a seguinte reflexão para o dia de hoje para preparar-nos para o Natal:
11 de Dezembro
Menino Jesus, em meio a sombras, quanta Luz emana do presépio! As sombras são da noite, mas também dos duros acontecimentos em torno ao nascimento: a ida de Maria e José para Belém no pior momento, quando já se aproxima o parto, obedecendo ao recenseamento ordenado pelo imperador (Lc 2, 1); o frio; a negação da pousada; ter que realizar o nascimento num estábulo… e as profecias iam tendo cumprimento! “Eis que uma Virgem conceberá…”! (Is 7, 14). E tu, Belém, não és a menor das cidades, pois de ti virá o Salvador” (Mq 5, 2). Mas, em meio a estas sombras, quanta Luz emana do Menino-Jesus! Senhor, dá-me algo dessa luz que dissipe as densas trevas do meu coração quando tudo parece que caminha na contramão. Hoje, Menino, quero levar à manjedoura a palha da Aceitação das minhas circunstâncias! Sim, sei que devo lutar pela vida, mas dá-me a certeza de que eu não estou só! De que sua providência me acompanha e de que tudo concorre para o bem. E agora, Menino, junto ao presépio, digo a teu ouvido: “Em tuas mãos abandono o passado, o presente e o futuro, o pequeno e o grande, o pouco e o muito, o temporal e o eterno”. Assim seja.
Comentário:
Jesus é a Luz que vem a este mundo. Com Ele não haverá mais trevas. São muitas as trevas que nos rodeiam. Uma delas é esta que comenta a Maria Nazaré: as trevas que se formam no nosso coração quando as coisas não vão como nós gostaríamos. Estas trevas não são reais, mas subjetivas. Por que são subjetivas? Porque tudo aquilo que ocorre na nossa vida, tudo aquilo onde não entra a minha liberdade, ocorre por vontade de Deus, para a nossa santificação. Estas trevas se convertem em luz se deixamos Cristo iluminar estas realidades e nos mostrar que elas são para o nosso bem, para o nosso crescimento espiritual, para o nosso amadurecimento. Aceitando-as como vindas das mãos de Deus, vem a luz, vem a paz.
Maria e José também tiveram que aceitar estas contrariedades em torno do nascimento. Eles viram que Deus estava por trás e, por isso, ficaram serenos e com muita paz. Saibamos deixar a luz de Deus iluminar sempre a nossa realidade e, com esta luz, saibamos aceitar todo o querer de Deus. Assim estas trevas subjetivas se dissiparão e estaremos sempre felizes.
