JESUS CRISTO (11): É O PRÓPRIO DEUS (2)

EVANGELHO – Mc 6, 53-56

Naquele tempo: Tendo Jesus e seus discípulos acabado de atravessar o mar da Galileia, chegaram a Genesaré e amarraram a barca. Logo que desceram da barca, as pessoas imediatamente reconheceram Jesus. Percorrendo toda aquela região, levavam os doentes deitados em suas camas para o lugar onde ouviam falar que Jesus estava.
E, nos povoados, cidades e campos aonde chegavam, colocavam os doentes nas praças e pediam-lhe para tocar, ao menos, a barra de sua veste. E todos quantos o tocavam ficavam curados.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
São Marcos termina o Evangelho de hoje dizendo: “e todos quantos o tocavam, ficavam curados”.

Onde nós tocamos Jesus de modo especial? Na comunhão. Que a comunhão seja para nós um remédio para a nossa alma.

Não imaginamos o poder que tem a comunhão. Uma vez uma pessoa falando com uma freira muito santa e que dava conselhos às pessoas, disse-lhe que estava apavorado, pois lhe havia aparecido um tumor na garganta. Queria que ela rezasse por ele. Então esta freira lhe disse:
– Veja, você não recebe a comunhão?
– Sim, recebo.
– Então porque não pede a Jesus que passará por tua garganta quando você comungar que ele cure o teu tumor.
– Puxa, não havia pensado nisso. Vou fazer.

Este homem fez isso com muita fé e foi curado. Que a comunhão seja para nós fonte de cura física, mas, principalmente, espiritual, para eliminar o mal dentro do nosso coração.

Continuemos nossa série sobre Jesus Cristo. Estamos falando sobre a divindade de Cristo testemunhado por Ele próprio nos Evangelhos. Na última vez apenas iniciamos. Hoje vamos falar mais extensamente. Como disse, o Evangelho de São João é o que mais dá testemunho da divindade de Nosso Senhor.

No capítulo 6 do Evangelho de São João, há o famoso discurso da Eucaristia, onde Jesus nos diz que Deus é seu Pai, fala que é será o pão da Vida, fala que ressuscitará quem se alimentar dele, fala que quem crer nele terá a vida eterna. Ou seja, são várias manifestações de que é o próprio Deus.

Mas, indo mais adiante, no capítulo 7, fala que não a este mundo por sua própria vontade, fazendo alusão ao Pai, e que Ele conhece o Pai.

28 Enquanto ensinava no templo, Jesus exclamou: Ah! Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou!… Entretanto, não vim de mim mesmo, mas é verdadeiro aquele que me enviou, e vós não o conheceis.
29 Eu o conheço, porque venho dele e ele me enviou.

No capítulo 8 fala que é lá de cima. Fala que quem o enviou (o Pai) é verdadeiro; fala que nada faz por si mesmo, mas pelo Pai. Fala que antes que Abraão existisse, ele já é.

23 Ele lhes disse: Vós sois cá de baixo, eu sou lá de cima. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo.
24 Por isso vos disse: morrereis no vosso pecado; porque, se não crerdes o que eu sou, morrereis no vosso pecado.
25 Quem és tu?, perguntaram-lhe eles então. Jesus respondeu: Exatamente o que eu vos declaro.
26 Tenho muitas coisas a dizer e a julgar a vosso respeito, mas o que me enviou é verdadeiro e o que dele ouvi eu o digo ao mundo.
27 Eles, porém, não compreenderam que ele lhes falava do Pai.
28 Jesus então lhes disse: Quando tiverdes levantado o Filho do Homem, então conhecereis quem sou e que nada faço de mim mesmo, mas falo do modo como o Pai me ensinou.
29 Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, porque faço sempre o que é do seu agrado.

38 Eu falo o que vi junto de meu Pai; e vós fazeis o que aprendestes de vosso pai.
39 Nosso pai, replicaram eles, é Abraão. Disse-lhes Jesus: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão.
40 Mas, agora, procurais tirar-me a vida, a mim que vos falei a verdade que ouvi de Deus! Isso Abraão não o fez.
41 Vós fazeis as obras de vosso pai. Retrucaram-lhe eles: Nós não somos filhos da fornicação; temos um só pai: Deus.
42 Jesus replicou: Se Deus fosse vosso pai, vós me amaríeis, porque eu saí de Deus. É dele que eu provenho, porque não vim de mim mesmo, mas foi ele quem me enviou.
43 Por que não compreendeis a minha linguagem? É porque não podeis ouvir a minha palavra.
44 Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira.
45 Mas eu, porque vos digo a verdade, não me credes.
46 Quem de vós me acusará de pecado? Se vos falo a verdade, por que me não credes?
47 Quem é de Deus ouve as palavras de Deus, e se vós não as ouvis é porque não sois de Deus.
48 Responderam então os judeus: Não dizemos com razão que és samaritano, e que estás possesso de um demônio?
49 Respondeu-lhes Jesus: Eu não estou possesso de demônio, mas honro a meu Pai. Vós, porém, me ultrajais!
50 Não busco a minha glória. Há quem a busque e ele fará justiça.
51 Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte.
52 Disseram-lhe os judeus: Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas. E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte…
53 És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu… e os profetas também. Quem pretendes ser?
54 Respondeu Jesus: Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus
55 e, contudo, não o conheceis. Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós. Mas conheço-o e guardo a sua palavra.
56 Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria.
57 Os judeus lhe disseram: Não tens ainda cinquenta anos e viste Abraão!…
58 Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou.
59 A essas palavras, pegaram então em pedras para lhes atirar. Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo.

No capítulo 10 fala que é o Messias, o salvador do mundo enviado pelo seu Pai. Fala que ele e o Pai são um só.

24 Os judeus rodearam-no e perguntaram-lhe: Até quando nos deixarás na incerteza? Se tu és o Cristo, dize-nos claramente.
25 Jesus respondeu-lhes: Eu vo-lo digo, mas não credes. As obras que faço em nome de meu Pai, estas dão testemunho de mim.
26 Entretanto, não credes, porque não sois das minhas ovelhas.
27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem.
28 Eu lhes dou a vida eterna; elas jamais hão de perecer, e ninguém as roubará de minha mão.
29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém as pode arrebatar da mão de meu Pai.
30 Eu e o Pai somos um.

No capítulo 14 fala que quem o conhece, conhece o Pai.

5 Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?
6 Jesus lhe respondeu: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.
7 Se me conhecêsseis, também certamente conheceríeis meu Pai; desde agora já o conheceis, pois o tendes visto.
8 Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta.
9 Respondeu Jesus: Há tanto tempo que estou convosco e não me conheceste, Filipe! Aquele que me viu, viu também o Pai. Como, pois, dizes: Mostra-nos o Pai…
10 Não credes que estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que vos digo não as digo de mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, é que realiza as suas próprias obras.
11 Crede-me: estou no Pai, e o Pai em mim. Crede-o ao menos por causa destas obras.
12 Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do que estas, porque vou para junto do Pai.

Penso que estas palavras já são mais do que suficientes para comprovar que Jesus é Deus, é a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Os seus milagres, que foram inúmeros, também são um apoio para acreditarmos na sua divindade.

Lição: eu costumo dizer que são três os apoios da minha fé: que Jesus existiu e não há como negar; que Jesus Cristo é Deus (e lendo o Evangelho de São João não resta a menor dúvida) e que Jesus Cristo fundou a sua Igreja que é a Igreja Católica, fato também testemunhado nos Evangelhos. Saibamos apoiar nossa fé em pilares sólidos para ela ser uma fortaleza inexpugnável.

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