CASTIDADE: E ALEGRIA, E PUREZA

EVANGELHO – Lc 11, 27-28

Naquele tempo: Enquanto Jesus falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”. Jesus respondeu: “Muito mais felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.
– Palavra do Senhor.
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
A presença de Jesus, seu olhar, suas palavras, deviam causar tanto impacto que se entende o Evangelho de hoje onde uma mulher, ouvindo Jesus falar, levanta-se e diz estas palavras: “Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram”.

Ao ver Jesus, era impossível conter a emoção. E estas palavras fazem menção à felicidade de uma mãe por ter um filho assim. É como se dissesse: “Que alegria deve ter uma mãe ao ter um filho assim. Não cabe alegria maior”.

Fazendo menção a esta felicidade, Jesus aproveita para dizer que não há felicidade maior que a de ouvir a Palavra de Deus e a pôr em prática. Isto é assim, pois ao dar ouvidos à Palavra de Deus, ela penetra na alma e torna-se uma fonte que jorra para a vida eterna, como menciona Jesus no diálogo com a samaritana.

Falando sobre a felicidade de ouvir e colocar em prática a Palavra de Deus, gostaria de falar sobre a felicidade que sentimos ao viver o Sexto e Nono Mandamentos: “não pecar contra a castidade, não desejar a mulher do próximo”.

Esta felicidade, é a felicidade de ter um coração puro que implica em ter um corpo puro, um olhar puro e os pensamentos puros. É interessante associar as questões relacionadas a estes mandamentos com a pureza e a pureza, por sua vez, estar relacionada com a cor branca e o vestido branco da noiva.

Não é verdade que quando tomamos banho, quando estamos limpos, perfumados e asseados, sentimos uma grande alegria? Da mesma forma, quando nosso corpo, nosso olhar, nossos pensamentos são puros, sentimos também uma grande alegria. Deus não erra quando diz: “Felizes são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.

Todos nós fomos feitos para a pureza e não para a impureza. Todos nós fomos feitos para ter um corpo puro, um coração puro, um olhar puro, os pensamentos puros. Por que é que as crianças nos encantam tanto? Não é pela pureza delas? Pela ausência de malícia?

Neste sentido, veja o que diz o dicionário a respeito da palavra malícia:

“Malícia é um substantivo feminino com origem no latim malitia e que significa uma propensão ou tendência para praticar atos de maldade. Agir com malícia muitas vezes significa se comportar com dolo, com astúcia e com o objetivo de enganar ou causar dano em alguém. Uma pessoa que tem uma atitude de malícia muitas vezes é dissimulada, e finge alguns sentimentos para encobrir as suas verdadeiras intenções. Além disso, a palavra tem muitas vezes uma conotação sexual, podendo descrever uma pessoa lasciva, que vê o corpo de uma pessoa como objeto de uso”.

Onde está, então a malícia, a impureza? Em olhar algo que é sagrado, que deve ser respeitado como pessoa, como objeto de uso, de prazer. Por isso que tudo o que está relacionado com a impureza dá muita vergonha. Algo que é puro não há porque ter vergonha. Por que dizemos que são conversas maliciosas de rapazes ou moças numa rodinha? Por que estão falando de algo impuro, de algo que dá vergonha falar aos pais, aos quatro ventos.

Lição: “Felizes são aqueles que ouvem o Sexto e Nono Mandamentos e os põem em prática”. E que alegria é esta? A alegria da pureza, a alegria de olhar o corpo humano com toda a sua pureza, com toda a sua dignidade, com toda a sua sacralidade. Vivamos assim e seremos muito, muito felizes.

CASTIDADE: E ALEGRIA, E PUREZA

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