Biografia São José de Anchieta: https://app.box.com/s/9uvqu5yi10u4dt9…
EVANGELHO – Mt 5, 20-26
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: Se a vossa justiça não for maior que a justiça dos mestres da Lei e dos fariseus, vós não entrareis no Reino dos Céus.
Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: “Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal”. Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: “patife!” será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de “tolo” será condenado ao fogo do inferno. Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta. Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão.
Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Como já comentamos, estamos lendo agora o Evangelho de São Mateus capítulo a capítulo durante os dias da semana, depois de ter sido lido parte do Evangelho de São Marcos desde a Primeira Semana do Tempo Comum até o início da Quaresma. Voltamos ao Tempo Comum depois da festa de Pentecostes no capítulo 5 de São Mateus. O capítulo 5 de São Mateus começa com o Sermão das Bem-Aventuranças. Em seguida vem os ensinamentos de Cristo ainda no Monte das Bem-Aventuranças até terminar este capítulo. Então o ensinamento de hoje de Nosso Senhor é sobre a caridade.
Jesus ao longo da vida pública vai revolucionar este mandamento. O amor nunca foi visto da forma como Jesus irá ensinar! O amor nunca foi elevado a tamanha altura, a tamanha beleza. Vamos começar a falar dele numa ordem que vocês possam entendê-lo em diversas homilias.
Para Jesus fundamentar esta ideia revolucionário do amor, teve que assentar outra ideia, outro conceito revolucionário, que também nunca foi visto dessa forma: o conceito de dignidade.
Antes de Jesus Cristo, a dignidade humana era em função da origem, das posses, dos bens que alguém possuía. Dependendo dessas realidades, que podemos chamar “externas”, uma pessoa humana possuía mais ou menos dignidade.
Jesus, no entanto, irá ensinar algo totalmente novo: não são as realidades externas que determinam a dignidade, mas algo intrínseco a todo homem: o fato de ser filhos de Deus. E, como todos somos seus filhos, todos temos a mesma dignidade; e, mais ainda, uma dignidade sagrada, pois nossa vida é um dom de Deus. Assim, toda pessoa, independentemente da sua origem, das suas posses, da sua condição social, dever ser profundamente respeitada e amada.
Devido a esse novo conceito, Jesus Cristo olhava e tratava todas as pessoas com o maior amor e respeito, mesmo pobres, maltrapilhos, mendigos, aleijados, pecadores e leprosos. Jesus Cristo não desprezava nem desqualificava ninguém. Cristo não olhava as aparências, a parte externa das pessoas. Nós costumamos, mesmo depois de vinte séculos, julgar o próximo a partir da sua aparência. Deus, ao contrário, vê o coração, e mais ainda: consegue ver o fundo de bondade que há em cada coração, mesmo que esteja apagado. E, como somos seus filhos, ama a todos nós apesar das nossas fraquezas e perversões e nos convida a amar o próximo dessa forma, assim como Ele.
Tendo em vista esses conceitos, é compreensível que Jesus tivesse uma atenção especial para com os pobres, os doentes e os pecadores, pois estes costumam ser desprezados pelas pessoas.
Assim, podemos dizer que Jesus se moveu por um único interesse: fazer feliz e salvar os seus filhos. Ou seja, o único interesse de Jesus era fazer o bem. Por isso, São Pedro dirá, fazendo um resumo da sua vida que passou pelo mundo fazendo o bem (Atos 10, 38).
Lição: Se hoje se fala da dignidade da pessoa humana é por Jesus Cristo nos ter ensinado a respeito dela. A dignidade humana é a base dos Direitos Humanos e da virtude da caridade. O valor, a dignidade de cada ser humano, quem quer que seja, pobre, rico, famoso, desconhecido, bondoso ou ladrão, santo ou pecador é altíssima: a dignidade de filhos de Deus. Será que eu vejo todas, todas as pessoas com esta dignidade? Pensemos diante de Deus.