SANTA MISSA: SEU VALOR (4)

EVANGELHO – Mt 12, 1-8

Naquele tempo, Jesus passou no meio de uma plantação num dia de sábado.
Seus discípulos tinham fome e começaram a apanhar espigas para comer.
Vendo isso, os fariseus disseram-lhe: “Olha, os teus discípulos estão fazendo, o que não é permitido fazer em dia de sábado!” Jesus respondeu-lhes: “Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e seus companheiros sentiram fome? Como entrou na casa de Deus e todos comeram os pães da oferenda que nem a ele nem aos seus companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? Ou nunca lestes na Lei, que em dia de sábado, no Templo os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa alguma? Ora, eu vos digo: aqui está quem é maior do que o Templo. Se tivésseis compreendido o que significa: “Quero a misericórdia e não o sacrifício”, não teríeis condenado os inocentes. De fato, o Filho do Homem é senhor do sábado”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
Jesus, no Evangelho de hoje, nos ensina que no dia de descanso, que era o sábado e agora é o domingo, que vem de dominus, dia do Senhor, o descanso não é a lei máxima, como pensavam os fariseus. Há leis mais importantes do que o descanso como a caridade. A caridade está acima de toda Lei. Desta forma, hoje, por exemplo, uma pessoa perde a obrigação de ir à missa se tem que cuidar de uma pessoa que está doente e não há ninguém que possa substituí-la. Jesus foi aproveitando várias ocasiões para retificar vários erros de interpretação da Lei feita pelos doutores da Lei.

Dando continuidade à nossa série sobre a Santa Missa, estivemos falando até agora sobre o valor da Santa Missa. Hoje vamos procurar entender melhor o que é, afinal de contas, a Missa.

Não é verdade que todos nós que já amamos a Jesus gostaríamos de voltar há dois mil anos atrás para viver junto com Ele e acompanhar os seus passos durante a sua vida pública? Quando conhecemos os personagens que fizeram parte da sua vida, sentimos uma santa inveja do privilégio que eles tiveram. Que pena que não estávamos lá também nós e viver tão perto de Nosso Senhor, de conhecer o seu rosto, de ouvir as suas pregações, de ver todo o seu amor, toda a sua bondade exalar da sua pessoa, toda a sua santidade.

Pensando justamente nisto, Deus criou a Santa Missa. Podemos dizer que a Santa Missa é uma mini reprodução real e atual da vida pública de Nosso Senhor para que ela produza frutos maravilhosos na nossa alma e no mundo como produziu a todos aqueles que fizeram parte dela quando Jesus esteve entre nós.

Deus é Deus e para Ele nada é impossível. Deus pode fazer com que sua vida pública seja real agora, neste momento. Como mencionei no início desta série, a Missa é uma janela que se abre para contemplarmos os principais momentos da vida de Jesus Cristo, sendo que estes momentos para Deus são eternos, transcorrem no tempo. Imaginemos estes momentos transcorrendo eternamente. Quando começa uma Missa, uma janela se abre para que contemplemos e vivamos realmente estes momentos. Quando termina a Missa, esta janela se fecha.

A Igreja nos ensina que as partes da Missa são quatro: Ritos Iniciais, Liturgia da Palavra, Liturgia Eucarística e Ritos finais. Podemos dizer que toda a vida pública de Jesus que consistiu em pregar a Palavra, é reproduzida durante a Liturgia da Palavra. E os últimos momentos da vida de Cristo, sua Paixão, Morte, Ressurreição e Ascensão aos Céus, é reproduzida durante a Liturgia Eucarística.

Assim, quando começa a Liturgia da Palavra com a Primeira Leitura da Missa, apesar de não vermos com os nossos olhos, está sendo reproduzida e estamos participando da pregação de Jesus. Por isso, nesta hora temos que fechar os olhos e ouvir o próprio Jesus fazendo as leituras, pregando a sua Palavra: na Primeira Leitura, no Salmo, na Segunda Leitura, no Evangelho e na homilia. Este é o clima que deve haver neste momento. E a Palavra de Jesus tem que provocar todo o impacto que causou aos ouvintes da sua pregação.

Depois, assim que começa a Liturgia Eucarística, que começa com o Ofertório, apesar de não vermos com os nossos olhos, está sendo reproduzida a Última Ceia, a Oração no Horto das Oliveiras, sua prisão, seus interrogatórios, sua flagelação, sua coroação de espinhos, sua Via Sacra, sua Morte na cruz, sua Ressurreição e Ascensão aos Céus. Este é o clima que deve haver neste momento. E estes momentos da vida de Nosso Senhor, têm que provocar todo o impacto que causaram nos seus apóstolos e discípulos.

Isto é a Missa. Deus, se quisesse, poderia mostrar tudo isso a nós, como fez com o Padre Pio. Porém Deus não faz isto para haver o mérito da fé. Se víssemos tudo isso, não teríamos o mérito de acreditar em Deus e nas obras de Deus. E esse mérito é importante para a glória que teremos na outra vida que será tanto maior quanto maior os méritos que adquirirmos aqui na terra. Ao Padre Pio, Deus concedeu esta graça para ele nos ajudar a ter esta fé. O Padre Pio adquiriu méritos em outros campos, aceitando, por exemplo, ser crucificado ao lado de Cristo durante a Missa.

Lição: agradecer a Deus que nos dê este presente de tomar parte semanalmente da vida de Jesus para alimentar poderosamente a nossa alma, como veremos no próximo capítulo da série. Vemos assim, também, o valor imenso da Santa Missa, de tal maneira que nada aqui na terra possa se comparar a ela. E isso, considerando apenas o que somos capazes de entender a respeito da Missa. Considerando o que não somos capazes de entender, seu valor ultrapassa a toda compreensão humana. É o que os santos tentaram, de alguma maneira, nos transmitir.

SANTA MISSA: SEU VALOR (4)

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