SACERDOTES: REZAR POR ELES

EVANGELHO – Mt 9, 35 – 10, 1

Naquele tempo, Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi pois ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita”! E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
O Evangelho escolhido para a festa de hoje é este Evangelho que narra a missão sacerdotal de Jesus: percorria as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino, e curando todo o tip de doença e enfermidade. Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor.

É um Evangelho oportuno para falar sobre um dos sacerdotes maiores santos da Igreja que é São João Maria Vianney, também conhecido como Cura D’Ars. Cura é sinônimo de sacerdote e Ars é a cidadezinha para onde foi designado quando se ordenou e onde ficou até morrer.

São João Batista Maria Vianney nasceu perto de Lyon, na França, no dia 8 de maio de 1786. Quando foi enviado à pequena paróquia de Ars, que tinha apenas 230 habitantes, o Vigário geral da diocese lhe disse: “Não há muito amor a Deus nessa paróquia; procure introduzi-lo”. E foi isso o que ele fez: inflamar no amor ao Senhor que lhe embargava o coração todos aqueles camponeses e muitas outras almas. Não possuía grande ciência, nem muita saúde, nem dinheiro…, mas a sua santidade pessoal, a sua união com Deus fez o milagre. Poucos anos depois, levas de gente de todas as regiões da França acorriam a Ars e por vezes tinham de esperar vários dias para poder se confessar com ele tal era a sua fama de santidade.

Certa vez, perguntaram a um advogado de Lyon que regressava de Ars o que tinha visto ali. Ele respondeu: “Vi Deus num homem”. Que belas palavras, não é verdade. É o maior elogio que um homem pode receber.

Confia-se ao sacerdote a salvação das almas, a tarefa divina por excelência, “a mais divina das obras divinas”, conforme ensina um antigo Padre da Igreja. O Cura d’Ars costumava dizer com certa freqüência: “Que coisa tão grande é ser sacerdote! Se o compreendesse totalmente, morreria”.

Diz um autor espiritual:

“Mal o homem nasce, o sacerdote regenera-o por meio do Batismo, infunde-lhe uma vida mais nobre e preciosa, a vida sobrenatural, e fá-lo filho de Deus e da Igreja de Jesus Cristo.
Para fortalecê-lo e torná-lo mais apto para pelejar valorosamente na vida espiritual, um sacerdote revestido de especial dignidade fá-lo soldado de Cristo por meio da Confirmação.
Mal é capaz de discernir e apreciar o Pão dos Anjos, o sacerdote alimenta-o e fortifica-o com esse manjar vivo e vivificante descido do céu.
Se teve a desgraça de cair, o sacerdote levanta-o em nome de Deus e reconcilia-o por meio do sacramento da Penitência.
Se Deus o chama a formar uma família e a colaborar com Ele na transmissão da vida humana no mundo, com o fim de aumentar primeiro o número de fiéis sobre a terra e depois o dos eleitos no céu, aí está o sacerdote para abençoar-lhe as núpcias e o seu amor casto.
E quando o cristão, chegando aos umbrais da eternidade, necessita de fortaleza e auxílio para se apresentar diante do Juiz divino, o sacerdote inclina-se sobre os membros doloridos do enfermo, e de novo perdoa-lhe e fortalece-o com o sagrado crisma da Unção.
Assim, depois de ter acompanhado os cristãos durante a sua peregrinação pela terra até às portas do céu, o sacerdote acompanha-lhes o corpo até à sepultura com os ritos e orações em que se reflete a esperança imortal, e segue a alma até mais além das portas da eternidade, para ajudá-la com sufrágios no caso de ainda necessitar de purificação e de refrigério.
Portanto, desde o berço até à sepultura, mais ainda, até o Céu, o sacerdote é para os fiéis guia, consolo, ministro da salvação, distribuidor das graças e de bênçãos”.

Lição: Hoje é um dia muito oportuno para que, por meio do santo Cura d’Ars, peçamos muito pela santidade dos sacerdotes, especialmente daqueles que de alguma maneira foram colocados por Deus para ajudar-nos no caminho que conduz a Ele.

Peçamos ao Senhor que os sacerdotes sejam santos, amáveis, doutos, que tratem as almas como jóias preciosas de Jesus Cristo, que saibam renunciar aos seus planos pessoais por amor aos outros, que amem profundamente a Santa Missa, principal fim da sua ordenação e centro de todo o seu dia, e que concentrem os seus melhores esforços pastorais, “como fez o Cura d’Ars, no anúncio da fé, do perdão, da Eucaristia”.

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