EVANGELHO – Jo 6, 35-40
Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Jesus no Evangelho de hoje nos fala que todo aquele que vê o Filho e nele crê terá a vida eterna e Ele nos ressuscitará no último dia. Como estamos vendo nas últimas homilias, Deus é um Pai amorosíssimo e só quer o nosso bem, a nossa felicidade. E nos diz que se acreditarmos nEle, se seguirmos os seus ensinamentos, os seus mandamentos, teremos a vida eterna. Saibamos agradecer este Deus tão bom, que nos ama tanto.
Dando continuidade à nossa série sobre a Providência Divina, gostaria de, nas próximas homilias, citar exemplos na Bíblia desta providência amorosa de Deus, para alimentarmos cada vez mais a nossa fé de que Deus cuida de nós, nunca nos abandona.
O exemplo que gostaria de citar hoje é de José do Egito. Quem era José do Egito? Era um dos filhos de Jacó. O povo judeu tem início com Abraão que viveu por volta de 1850 aC. Abraão gerou Isaac e Isaac gerou Jacó. Jacó, por sua vez, gerou 12 filhos que serão as doze tribos de Israel. Um destes filhos era José e José era um homem muito reto e temente a Deus.
Como José nasceu na velhice de Jacó, Jacó tinha uma predileção especial por José e não escondia isso aos outros filhos. Por inveja, os irmãos de José planejaram matá-lo, porém na última hora acabaram vendendo-o a uns comerciantes que iam para o Egito.
Vendo a história de José, logo pensamos que Deus o abandonou, apesar de ser um homem reto e justo. No entanto, veremos, como sempre, que Deus nunca abandona aqueles que o amam. Isto não significa que não passem por provações, pois o principal objetivo de Deus é nos santificar, preparar-nos para o Céu e que sejamos também um grande instrumento nas suas mãos.
Então José é vendido como escravo e vai para no Egito. Lá ele se torna escravo de Potifar, um capitão do exército do faraó. José fez um ótimo trabalho para Potifar e logo foi promovido a chefe de toda a casa. José foi encarregado de tudo o que Potifar possuía. Estava tudo indo bem para José até que um dia a esposa de Potifar se apaixonou por José, pois era um homem de belo aspecto. Ela tentou várias vezes dormir com ele, porém José, sendo reto e temente a Deus, não aceitava. Ela o encurralou um dia e agarrou sua capa quando ele tentou fugir. Com a capa na mão, enraivecida, ela alegou a Potifar que José havia tentado abusá-la. José, então, vai parar na prisão.
Deus, não abandonando aqueles que o amam, deu a José um poder de interpretar sonhos que o fez não só sair da prisão, como tornar-se ministro do faraó. Estando na prisão, José interpretou os sonhos de dois presos que eram como ministros do faraó. O deles sonhou com suco de uva espremido na hora e era um sinal de que seria restaurado à sua posição anterior. O outro sonhou com pássaros comendo pão de cestos destinados ao faraó e, infelizmente, apontava para sua execução iminente.
Ambas as previsões se tornaram realidade. O segundo foi executado e o primeiro foi reintegrado nas suas funções. José o havia pedido encarecidamente que intercedesse por ele, mas ele não o fez.
Passado um tempo, o próprio faraó teve um pesadelo que o deixou muito angustiado. O faraó sonhou com sete vacas magras comendo sete gordas e sete espigas murchas de grãos consumindo sete espigas gordas. Vendo que os oficiais do faraó não conseguiram interpretar aquele sonho, aquele preso que voltou a trabalhar com o Faraó lembrou-se de José e sugeriu que o chamasse para interpretá-lo.
José revelou ao faraó que seu sonho seria o prenúncio de sete anos de abundância, precedendo uma fome que também duraria sete anos. Ele sugeriu que faraó pensasse no futuro e estocasse grãos em preparação para a fome prevista sete anos no futuro.
A interpretação do sonho, combinada com o bom conselho que recebeu, causou grande impressão no faraó, que decidiu fazer de José seu segundo homem no comando do Egito e supervisor do estoque de grãos em preparação para a grande fome que estava por vir. Aos trinta anos de idade, a vida de José virou completamente do avesso, passando de um escravo a segundo homem mais importante do Egito.
Lição: que gravemos profundamente no nosso coração a história de José e que ela nos ajude a crescermos na fé de que Deus nunca nos abandona.
