PLANO DA SANTIDADE (9): SANTA MISSA (1)

EVANGELHO – Mc 3, 7-12

Naquele tempo: Jesus se retirou para a beira do mar, junto com seus discípulos. Muita gente da Galileia o seguia. E também muita gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia, foi até Jesus, porque tinham ouvido falar de tudo o que ele fazia. Então Jesus pediu aos discípulos que lhe providenciassem uma barca, por causa da multidão, para que não o comprimisse.
Com efeito, Jesus tinha curado muitas pessoas, e todos os que sofriam de algum mal jogavam-se sobre ele para tocá-lo. Vendo Jesus, os espíritos maus caíam a seus pés, gritando: “Tu és o Filho de Deus!” Mas Jesus ordenava severamente para não dizerem quem ele era.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
São Marcos continuando a narração dos primeiros momentos da vida de Jesus, agora nos diz que uma multidão começou a segui-lo. Gente da Judeia, de Jerusalém, da Idumeia, do outro lado do Jordão, dos territórios de Tiro e Sidônia. A multidão era tão grande que Jesus sobe numa barca para falar às pessoas a partir dela. E as pessoas o procuravam para serem curadas de seus males físicos e espirituais.

Que nós também sejamos destes que seguem Cristo onde quer que Ele vá para ouvir a sua palavra, para sermos curados de nossos males físicos e espirituais, para amá-lo com todo o nosso coração.

Dando continuidade à nossa série sobre o plano da santidade, na semana passada falamos sobre o terço como oração poderosa, como uma verdadeira arma do cristão. Hoje vamos falar sobre a Santa Missa. Dedicarei algumas reflexões sobre a Missa, pois o seu valor é incalculável.

Dá pena ver como tão poucos católicos vão à missa. Outro dia li um artigo cuja manchete era esta: Brasil está na lista dos países que menos frequentam a missa dominical. Com base numa pesquisa que foi feita, a Nigéria é o líder com 94% dos católicos nigerianos dizendo ir à missa uma vez por semana ou mais. No Quênia, a taxa é de 73% e no Líbano, 69%. Mais da metade de todos os católicos frequentam a missa uma ou mais vezes na semana nas Filipinas (56%), na Colômbia (54%), na Polônia (52%) e no Equador (50%). Com 8%, o Brasil tem uma das taxas mais baixas de católicos que cumprem o preceito entre os países pesquisados. Empata com a França e perde só para Holanda, com 7%.

É uma pena que isto ocorra, pois não há palavras para expressar o valor da missa. Antigamente as pessoas tinham uma certa noção do seu valor e, por isso, davam uma grande importância a ela. É famoso um episódio que ocorreu na Idade Média relatado por Regine Pernoud, que foi uma grande historiada francesa, no seu livro “A Idade Média, o que não nos ensinaram”. Um sacerdote estava celebrando a missa e, de repente, começou a passar mal. O que fizeram? Chamaram por socorro, levaram o sacerdote a um médico? Não, disseram para ele terminar a missa. Regine Pernoud, para falar deste episódio, cita um cronista francês que é quem dá testemunho do fato, chamado Joinville.

Joinville conta que o exército do rei de França, do qual ele fazia parte, estando às margens do rio Nilo, foi devastado por uma epidemia. Estando convalescente, na cama dentro de uma tenda, assistia, um dia, à missa e percebeu que o padre também foi atacado pela doença. Joinville diz: “então, pulei da cama e corri para ampará-lo e lhe disse: “Acabai vosso sacramento””. E Joinville conclui este episódio com estas palavras: “Ele terminou a missa e jamais celebrou outra”.

Por que Joinville agiu desta forma? Porque ele e as pessoas na época sabiam que a missa, qualquer missa, reproduz de modo misterioso o sacrifício de Cristo no Calvário. E era inimaginável para eles que o sacrifício, uma vez começado, ficasse no meio.

Não quero entrar no mérito da questão de se Joinville agiu corretamente ou não. O que desejo ressaltar é o conhecimento que as pessoas tinham da missa, do que é a missa, do que ela realiza, do seu valor.

Qual é, então, o valor da missa?

A missa é um mistério e, portanto, nenhuma palavra pode transmitir todo o seu valor. Vamos tentar desvendar um pouco o seu valor nas próximas semanas. Mas, para já, mesmo que não soubéssemos nada do seu valor, deveria bastar o que Deus nos diz sobre a missa: que devemos assisti-la no dia da semana dedicado a Ele que é o domingo e se não a assistimos, sem ter um motivo sério para isso, cometemos um pecado grave.

Quem melhor do que Deus para saber o valor da missa? E, se Ele nos disse que devemos assisti-la todo domingo, não necessitamos de mais nada para dar-nos conta da sua grande importância. Vocês recusariam um conselho dado por um médico que é o melhor especialista do mundo para evitar uma doença que é a sua especialidade? Só um tonto faria isto, não é verdade? Pois bem, Deus é o especialista dos especialistas e está recomendando algo que fará muito bem para a nossa alma e evitará muitas e muitas doenças. Não levaríamos em conta o que Ele está dizendo?

Lição: peçamos a Deus que nos ajude a entender e a amar cada vez mais a Santa Missa.

PLANO DA SANTIDADE (9): SANTA MISSA (1)

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