PLANO DA SANTIDADE (17): SANTIFICAÇÃO DO TRABALHO

EVANGELHO – Lc 11, 47-54

Naquele tempo, disse Jesus: Ai de vós, porque construís os túmulos dos profetas; no entanto, foram vossos pais que os mataram. Com isso, vós sois testemunhas e aprovais as obras de vossos pais, pois eles mataram os profetas e vós construís os túmulos. É por isso que a sabedoria de Deus afirmou: “Eu lhes enviarei profetas e apóstolos, e eles matarão e perseguirão alguns deles, a fim de que se peçam contas a esta geração do sangue de todos os profetas, derramado desde a criação do mundo,
desde o sangue de Abel até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e o santuário. Sim, eu vos digo: serão pedidas contas disso a esta geração. Ai de vós, mestres da Lei, porque tomastes a chave da ciência. Vós mesmos não entrastes, e ainda impedistes os que queriam entrar”. Quando Jesus saiu daí, os mestres da Lei e os fariseus começaram a tratá-lo mal, e a provocá-lo sobre muitos pontos. Armavam ciladas, para pegá-lo de surpresa, por qualquer palavra que saísse de sua boca.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
podemos tirar muitas lições do Evangelho de hoje. Uma lição é a coragem e firmeza de Jesus falando a verdade para os fariseus. Se Jesus não quisesse arranjar confusão, bastava calar-se. Porém Jesus ama a todos os seus filhos e quer ajudá-los a saírem do erro. Será que eu também sou corajoso e firme sabendo dizer a verdade para os meus familiares e amigos para ajudá-los a mudar um comportamento que está errado? Não é fácil corrigir os que erram, pois não queremos desagradar as pessoas ou, como se diz na linguagem coloquial, não queremos queimar o nosso filme. No entanto, Deus nos pedirá contas se ajudamos as pessoas que vivem ao nosso redor a saírem do erro. Pensemos nesta responsabilidade.

Continuando nossa série sobre o Plano da Santidade, na última vez vimos que o caminho da santidade passa pela conquista de todas as virtudes cristãs. Hoje veremos que este caminho também passa por cumprirmos bem todos os nossos deveres. Se Deus nos encarrega determinados deveres na nossa vida como o dever de ser um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, um bom aluno, um bom profissional, um bom amigo etc, com certeza quererá que eu faça com a máxima perfeição possível todos estes deveres. Chamamos isto de santificação do trabalho.

A santificação do trabalho é este esforço de, por amor a Deus, fazer bem, fazer com a máxima perfeição, fazer como se Jesus Cristo estivesse no nosso lugar, todos os nossos deveres.

Fazer bem significa caprichar, fazer com muito amor, uma tarefa. O contrário de fazer bem significa marretar, fazer de qualquer jeito. Fazer bem significa fazer com perfeição. A palavra “perfeição” vem do latim e vem da união da preposição “per” e do verbo “finire”. E o seu significado é “ir até o fim”, acabar bem, arrematar uma tarefa. Não deixar algo pela metade. Fazer bem significa, numa palavra, fazer como se Jesus estivesse no nosso lugar. Esta é uma boa pauta para termos sempre presente: “como Jesus faria isto?”

De modo concreto, santificar o trabalho é:
– ter, em primeiro lugar, como objetivo principal do trabalho servir a Deus e à sociedade;
– oferecer o trabalho a Deus;
– trabalhar na presença de Deus;
– fazer em cada momento o que temos que fazer e estar com todos os sentidos naquilo que fazemos;
– começá-lo pontualmente;
– fazê-lo com todo o capricho, com toda perfeição;
– ter ordem e planejamento;
– não deixar as coisas para a última hora;
– entregar as tarefas no prazo estabelecido;
– fazê-lo com intensidade: combatendo as distrações e perdas de tempo (whatsapp, YouTube, Instagram, notícias); buscando uma concentração cada vez profunda;
– estudar de modo contínuo para aprimorar o trabalho;
– trabalhar o tempo devido sem invadir o tempo que devemos dedicar a Deus, à família, ao descanso, ao cuidado pessoal;
– deixar a mesa de trabalho arrumada;
– tratar bem os colegas de trabalho, desde os funcionários mais simples até os de maior cargo; tendo uma verdadeira preocupação com cada um; rezando por eles; ajudando-os nas suas necessidades;
– se somos alunos, ser um excelente aluno, estudar para dominar a matéria, assistindo muito bem as aulas;
– com relação aos deveres familiares: tratar com amor e carinho os demais, lutar para cumprir bem os deveres de pai, de mãe, de marido, de esposa, de filho, de irmão; procurar ser sempre agradável; servir aos demais com alegria; ter uma verdadeira preocupação com cada um; rezar por todos;
– com relação ao cuidado da casa: deixar as coisas no lugar; manter a casa limpa e ordenada; consertar as coisas quebradas; tirar manchas da parede; trocar logo a lâmpada queimada; fazer com esmero e capricho as refeições; não deixar a pia suja; manter gavetas e armários ordenados; não acumular roupa suja; lavar com capricho as roupas, toalhas, lençóis; passar com capricho as roupas, toalhas e lençóis;
– com relação aos objetos de uso pessoal: cuidar para que não estraguem; mantê-los limpos; com relação ao carro: mantê-lo limpo e arrumado.

São apenas alguns exemplos. O importante é fazer com esmero tudo o que fazemos, como se Jesus estivesse fazendo aquilo no nosso lugar, com a alegria de estarmos agradando a Deus e servindo ao próximo.

Lição: que possam dizer de nós o que disseram de Cristo: “fez tudo bem feito”. Lutando por fazer as coisas assim, diariamente, caminharemos em direção à santidade a passos largos.

PLANO DA SANTIDADE (17): SANTIFICAÇÃO DO TRABALHO

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