NATAL: E A POBREZA

EVANGELHO – Mt 1, 18-25

A origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José, e, antes de viverem juntos, ela ficou grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu marido, era justo e, não querendo denunciá-la, resolveu abandonar Maria, em segredo. Enquanto José pensava nisso, eis que o anjo do Senhor apareceu-lhe, em sonho, e lhe disse: “José, Filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque ela concebeu pela ação do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe darás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados”. Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus está conosco”. Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor havia mandado, e aceitou sua esposa.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
como vocês sabem, eu gosto muito de citar o livro do Padre Gobbi nas minhas homilias. E, por quê? Porque este livro é composto, não por palavras do Padre Gobbi, mas por locuções, que são revelações interiores, de Nossa Senhora ao Padre Gobbi que vão de 1974 a 1997. Ninguém é obrigado a acreditar em revelações particulares como são estas revelações, mas eu, particularmente, e falando em meu nome apenas, acredito que são verdadeiras palavras de Nossa Mãe, pois o Padre Gobbi morreu com fama de santidade e as palavras de Nossa Senhora são tão belas, tão simples, tão tocantes e tão sábias que não posso acreditar que foram escritas por uma criatura humana que não seja a Virgem Santíssima.

Desta forma, gostaria de, nos próximos dias, citar algumas locuções de Nossa Senhora que foram ditas no dia 24 de dezembro ao longo destes 23 anos de locuções. Nestes anos todos, todo dia 24 de dezembro houve uma locução. Espero que vocês aproveitem e sirva para a preparação próxima do Natal.

* * *

24 de dezembro de 1974

Véspera do Santo Natal

“Passa estas horas de vigília comigo, filho. Esquece todo o resto e não te ocupes com mais nada, hoje.

Revive comigo os momentos de ânsia e de dolorosa apreensão, em que o meu Esposo recebia uma nova recusa a cada seu pedido de hospitalidade por aquela noite.

Isto causava-nos dor e apreensão não por nós, mas pelo meu Filho Jesus, que estava para nascer. Cada recusa que nos era dada, era uma recusa dada a Ele.

Mais do que uma vez, durante o dia, Jesus tinha como que batido à portinha do meu coração. Tinha chegado a hora do seu nascimento e Eu, Virgem, devia dá-lo, maternalmente, à humanidade inteira. Mas a humanidade não tinha um lugar para o receber.

Cada porta que se fechava, provocava uma nova ferida no meu coração, que se abria cada vez mais para gerar no amor e na dor — nesta dor — o meu Filho Jesus.

Assim, só o acolheu a pobreza duma gruta, o calor de um boi e de um burrinho que nos tinha transportado durante o dia.

Revive comigo estas horas de vigília, filho, para que possas compreender que foi só a tua pobreza que atraiu a predileção do meu Filho Jesus para contigo, que te concedeu a graça de seres um sacerdote predileto do meu Coração Imaculado.

Esta tua pobreza, que faz com que sejas só e sempre criança; esta tua pobreza total de bens, de apegos, de ideias, de afetos. Ser pobre significa precisamente possuir este nada. É este nada que atrai a complacência de Deus e que é capaz de a acolher.

(Meus queridos filhos), deveis ser todos pobres assim. Por isso vos peço que sejais apenas crianças. Então, eu poderei conduzir-vos sempre pela mão e vós vos deixareis conduzir com docilidade. Escutareis só a minha Voz, porque não sereis ricos de outras vozes e de outras ideias. E a voz e as ideias que eu vos comunicar, serão as do meu Filho.

Como será, então, claro para vós todo o Evangelho! O Evangelho do meu Filho será a vossa única luz e, numa Igreja invadida pelas trevas, transmitireis toda a luz do Evangelho.

Não sereis ricos de outros afetos. O vosso único afeto será o meu, será só o da vossa mãe. E eu, como vossa mãe, levar-vos-ei a amar, com um amor total, só o meu Filho Jesus. Levar-vos-ei até ao ponto de já não poderdes viver sem Ele. Farei do amor por Ele a vossa própria vida e Ele poderá reviver verdadeiramente em vós.

Para isso, meus filhos queridos filhos, preciso da vossa pobreza, da vossa humildade, da vossa docilidade.

Não temais se o mundo não vos compreender e não vos acolher; tendes sempre o coração da mãe, que será a vossa casa e o vosso refúgio”.

Lição: destas belas palavras da nossa mãe, gostaria de ressaltar a pobreza. Nossa Senhora nos fala que o seu Filho nasceu na pobreza, na pobreza de uma gruta, tendo o calor de um boi e de um burrinho. Jesus nasceu pobre para nos ensinar o valor desta virtude. Quando somos pobres, como diz nossa mãe, de bens, de apegos, de ideias e de afetos, Deus pode preencher o nosso coração com o seu Amor. Quantas pessoas hoje estão tão afastadas de Deus, pois encheram o seu coração com coisas deste mundo. Mas o que sentem no seu coração? Um grande vazio. Sejamos sábios fazendo de Deus o nosso grande tesouro, o bem mais desejado desta vida.

NATAL: E A POBREZA

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