EVANGELHO – Lc 1, 39-45
Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: assim que Nossa Senhora ficou sabendo, através do Arcanjo Gabriel, que sua prima Santa Isabel estava grávida, decidiu ir até à sua casa que ficava na Judeia para lhe ajudar, considerando também que precisaria de mais ajuda por ser de idade avançada. E lá Nossa Senhora ficará três meses. O que chama a atenção neste gesto de Maria é o não pensar em si. Se nos colocamos no lugar dela, seria natural querer ficar em sua casa um tempo para digerir o fato de estar grávida do próprio Deus e para começar a preparar o seu enxoval. Imaginem como ela se preocuparia em preparar bem este enxoval considerando que daria à luz o Deus feito homem! No entanto, deixa tudo isto de lado e vai socorrer a sua prima. Aprendamos de Nossa Senhora a dar a nossa vida pelos outros, deixando o nosso eu em segundo lugar.
Preparando-nos para o Natal, a Maria Nazaré nos traz a seguinte reflexão para o dia de hoje:
Novena de Natal – 6° dia – 21/12
Menino Jesus, todos estão chegando a Belém! Os reis magos deixaram suas terras e trazem presentes. Os pastores deixaram seus rebanhos e chamaram uns aos outros para virem também! Que lindo cenário! E eu, Senhor, quero chegar a tempo! Quero ser neste presépio como mais um personagem! Que devo deixar, que devo trazer para integrar esta paisagem? Tenho tantas urgências, tantas pendências… mas preciso acelerar o passo! Hoje levarei à manjedoura a palha da Diligência: farei na mesma hora, sem adiar, com carinho, prontidão e alegria as coisas que Deus me pede para fazer: um telefonema a uma pessoa amiga, sair para chegar um pouco antes de a missa começar, sair para chegar pontualmente num compromisso profissional etc. Hoje agirei com presteza, pois perder tempo é perder a eternidade. E pedirei em minha oração: Senhor, fortalece minha vontade, governa meus movimentos para que eu passe a começar na hora os meus deveres, não deixando para depois, para que eu não chegue mais atrasado nos meus compromissos, para que eu chegue a tempo em Belém.
Comentário:
Se vemos a vida de Nossa Senhora e de São José, vemos que eram muito diligentes. Nunca os vemos esbaforidos por deixar para a última hora um compromisso, por terem atrasado a hora de sair e estarem, por isso, fazendo tudo às pressas. Não: fazem tudo na hora que as coisas devem ser feitas, preparando as coisas com antecedência.
Será que vivemos também assim?
A diligência é a virtude que nos leva a fazer tudo na hora certa, pensando nas coisas com antecedência e não deixando as tarefas para depois. É uma virtude que está muito unida à virtude da fortaleza, pois para passar por cima do nosso gosto, da nossa preguiça e fazer tudo na hora, exige-se uma grande fortaleza.
Como crescemos nesta virtude? Treinando a nossa vontade, no dia-a-dia, para cumprir o pequeno dever de cada momento, sem adiar. E para isto, precisamos combater qualquer justificativa para adiar um compromisso. Como dizia São Josemaria: “quantas razões, sem razão”. Isto é, quantas razões inventamos para deixar para depois um dever, mas que no fundo são justificativas para dar vazão ao nosso gosto, à nossa preguiça. Lutemos para sermos mais diligentes e nossa vida dará muito mais frutos.