MARCELO CÂMARA: EXEMPLO DE UMA VIDA SANTA (2)

EVANGELHO – Mc 7, 24-30

Naquele tempo: Jesus saiu dali e foi para a região de Tiro e Sidônia. Entrou numa casa e não queria que ninguém soubesse onde ele estava. Mas não conseguiu ficar escondido.
Uma mulher, que tinha uma filha com um espírito impuro, ouviu falar de Jesus. Foi até ele e caiu a seus pés. A mulher era pagã, nascida na Fenícia da Síria. Ela suplicou a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio. Jesus disse: “Deixa primeiro que os filhos fiquem saciados, porque não está certo tirar o pão dos filhos e jogá-lo aos cachorrinhos”. A mulher respondeu: “É verdade, Senhor; mas também os cachorrinhos, debaixo da mesa, comem as migalhas que as crianças deixam cair”. Então Jesus disse: “Por causa do que acabas de dizer, podes voltar para casa. O demônio já saiu de tua filha”. Ela voltou para casa e encontrou sua filha deitada na cama, pois o demônio já havia saído dela.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
que bonita é esta cena do Evangelho. Aproxima-se de Jesus uma mulher pagã e Jesus lhe diz com toda delicadeza que deve cuidar primeiro daqueles que formavam o seu povo, o povo judeu. E esta mulher, com toda humildade, reconhece isto e se coloca como um cachorrinho que come das migalhas que caem da mesa dos judeus. Jesus fica tão tocado com esta mulher que cura a sua filha do mal que a atormentava. Deus não resiste aos humildes. O que um homem humilde pede a Deus, Deus atende o seu pedido na hora. Pensemos nisso!

Dando continuidade à nossa série sobre o Marcelo Câmara, o Marcelinho, que morreu aos 29 anos com fama de santidade, na última vez só introduzimos a sua história.

O Marcelinho nasceu no dia 28 de junho de 1979 em Florianópolis. Foi o filho mais velho do casal Júlio Carlos Richard Câmara e Leatrice Pavan, que continuam vivendo hoje na cidade de Florianópolis. Os pais tiveram mais um filho chamado Murilo.

Aprendeu as primeiras orações com sua bisavó materna, com quem pôde conviver muito pouco em razão da sua idade avançada. Devota de Nossa Senhora Aparecida, a senhora guardava em seu quarto muitas imagens de santos que fascinavam o pequeno Marcelo.

Recebeu dos pais uma excelente educação. O pai, sendo filho de militar, transmitiu- lhe regras de bom comportamento e ordem. A mãe, professora de educação física, teve influência direta no processo de educação do filho.

Desde muito cedo (por volta de 06 anos de idade), interessava-se por assuntos voltados ao bem comum (governo da cidade, bem-estar do próximo), manifestando pensamentos ideais e praticando pequenas ações virtuosas.

Marcelo viveu em companhia dos pais até os 10 anos, quando, contra a sua vontade, enfrentou a separação do casal. O fim do casamento dos pais no ano de 1989 provocou uma grande mudança na sua personalidade, tendo-lhe forçado o amadurecimento pela dor. O menino de apenas 10 anos ao ir morar com a mãe e o irmão mais novo, passou a ter atitudes de um verdadeiro adulto na condução da família (preocupando-se com o trabalho da mãe, com os gastos da casa, etc.) sentindo-se responsável pelo futuro dos familiares, preocupação que o acompanhou por toda a vida. Recebeu a Primeira Eucaristia em julho de 1991.

Apesar da separação do casal, o pai manteve contato frequente com os filhos, acompanhando o crescimento e estimulando a formação. Com o auxílio da madrinha de batismo de Marcelo, procurava manter nos filhos, pelo menos, o compromisso da Santa Missa nos finais de semana. Dotado de inteligência ímpar e rara eloquência, características marcantes em sua pessoa, a dedicação aos estudos possibilitou-lhe uma notável formação. Considerado aluno exemplar no primeiro e segundo graus (tendo, inclusive, assumido o compromisso de ser orador da turma na formatura do 1º grau em 1993), passou na primeira tentativa no concorrido vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ingressando no Curso de Direito em março de 1997 com distinta colocação, concluindo-o em dezembro de 2001 e obtendo o grau de Bacharel em fevereiro de 2002 (quando, novamente, foi indicado para ser o orador da turma). Durante a graduação, nos anos de 2000 e 2001, estagiou na Procuradoria da República no Estado de Santa Catarina, ingressando, também, mediante concurso. No final do ano de 2002 participou do processo seletivo para o Curso de Mestrado em Direito da UFSC, obtendo, mais uma vez, excelente colocação, iniciando os estudos em março de 2003 e defendendo a dissertação em exíguo prazo, em julho de 2004.

Lição: como vimos nestes breves traços da sua infância e trajetória profissional, o Marcelinho teve uma vida muito comum, como a de muitos de nós. O que vai diferenciá-lo será, a partir da sua conversão, o modo como viverá o seu dia-a-dia. E começaremos a ver isto no próximo capítulo da série, falando antes da sua conversão. Ou seja, uma pessoa comum, normal, pode ser santa e estar um dia num altar.

MARCELO CÂMARA: EXEMPLO DE UMA VIDA SANTA (2)

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