JESUS: É INCOMPARÁVEL

EVANGELHO – Mc 2, 13-17

Naquele tempo: Jesus saiu de novo para a beira do mar. Toda a multidão ia ao seu encontro e Jesus os ensinava. Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: “Segue-me!” Levi se levantou e o seguiu.
E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: “Por que ele come com os cobradores de impostos e pecadores?”
Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: “Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
O Evangelho de hoje narra a vocação de São Mateus, também conhecido como Levi e a cena seguinte que é um almoço ou jantar, na sua casa.

A vocação de São Mateus sempre me impressionou muito. Imaginem a cena. Jesus vai se aproximando de São Mateus até que fica diante dele. Jesus olha nos seus olhos e lhe diz: “segue-me”. E o que aconteceu? São Mateus se levantou imediatamente, deixou tudo, e o seguiu.

Não é impressionante isso? Tentem fazer isso com algum desconhecido na rua. Ninguém vai dar a menor bola para nós, não é verdade? Mas voltemos a pensar em Cristo. Imaginem a força do seu olhar! Ele refletia todo o magnetismo do seu ser. Como por encanto, São Mateus se levantou e deixou tudo para o seguir. Esta cena nos mostra que não fazemos ideia de quem é Jesus Cristo, do seu olhar, da sua presença, da sua majestade.

Faz lembrar aquilo que aconteceu com Santa Faustina e com muitos outros santos que viram Jesus Cristo. Santa Faustina é aquela polonesa que Deus escolheu para ser um dos pregoeiros da sua misericórdia divina. Ela também é um dos santos que viveu a idade de Cristo, 33 anos. Nasceu no ano de 1905 e morreu no ano de 1938. No dia 22 de fevereiro de 1931, na cela do seu convento, teve uma visão de Jesus, entre muitas outras. Assim ela escreve no seu diário:

“À noite, quando me encontrava na minha cela vi Nosso Senhor vestido de branco. Uma das mãos erguida para abençoar, e a outra tocava-lhe a túnica, sobre o peito. Da túnica entreaberta sobre o peito saíam dois grandes raios, um vermelho e o outro pálido. (…) Logo depois, Jesus me disse: Pinta uma Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em vós. Desejo que essa Imagem seja venerada primeiramente na vossa capela e depois no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar essa Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre os inimigos, e especialmente na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como minha própria glória” (Diário de Santa Faustina, 47). “Quero que essa Imagem (…) seja abençoada solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a festa da Misericórdia” (Diário, 49).

A imagem foi pintada por um pintor chamado Eugênio Kazimirowski. Quando a santa a viu, chorou e escreveu no seu diário: “Quem vos pintará tão belo como sois? Nenhum pincel seria capaz de pintar Jesus em sua real beleza”. Ou seja: Jesus é muito mais do que imaginamos. Não é comparável a nenhum ser humano na terra.

Que esta consciência nos leve a ir ao encontro de Nosso Senhor com todas as forças, sabendo que nada aqui na terra pode se comparar a Ele. E que pensemos isso frequentemente: que tontos somos se não vamos atrás dele, se procuramos a felicidade onde ela não está, nas coisas desta terra. É o que diz São Josemaria neste ponto de Caminho:

“Considera o que há de mais formoso e grande na terra…, o que apraz ao entendimento e às outras potências…, o que é recreio da carne e dos sentidos… E o mundo, e os outros mundos que brilham na noite: o Universo inteiro. E isso, mais todas as loucuras do coração satisfeitas…, nada vale, é nada e menos que nada, ao lado deste Deus meu! – teu! -, tesouro infinito, pérola preciosíssima, humilhado, feito escravo, aniquilado sob a forma de servo no curral onde quis nascer, na oficina de José, na Paixão e na morte ignominiosa…, e na loucura de Amor da Sagrada Eucaristia” (Caminho, 432).

E como ir atrás de Jesus: para já procurando conversar mais com Ele durante o dia sabendo que está sempre ao nosso lado, mesmo que não o vejamos. Estarmos sempre conversando com Ele, substituindo o monólogo conosco próprios quando estamos sozinhos com o diálogo com Ele. Por exemplo: ao acordar se dirigir a Ele e agradecer ter mais um dia de vida, perguntar a Ele qual roupa vestir, perguntar se Ele gostaria que façamos algo especial no dia etc.

JESUS: É INCOMPARÁVEL

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