EVANGELHO – Jo 13, 16-20
Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: “Em verdade, em verdade vos digo: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. Se sabeis isto, e o puserdes em prática, sereis felizes. Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: “Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar”. Desde agora vos digo isto, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: No Evangelho de hoje Jesus dá outro grande ensinamento: fala dos seus enviados, daqueles que Ele escolheu para serem portadores da sua mensagem.
Em primeiro lugar vai falar que o mensageiro não é maior do que aquele que o enviou, assim como o servo não é maior do que o seu Senhor. Ou seja, o que o mensageiro tem que fazer é enviar a mensagem do seu senhor e não criar ou mudar a sua mensagem.
De fato, é isto que os representantes humanos da sua Igreja fazem ou devem fazer. É isto que o Papa, os bispos e os sacerdotes fazem ou devem fazer.
Depois Jesus diz: eu conheço aqueles que escolhi. Ou seja, eu conheço Simão Pedro e todos os Apóstolos e todos os seus escolhidos, os seus enviados ao longo dos séculos e não foi por acaso que os escolhi. Ou seja, temos que tomar cuidado ao julgar os seus representantes. Se os seus representantes foram aprovados de acordo com os critérios ensinados por Deus, eles são legítimos.
Vamos pensar no caso de Simão Pedro. Quem o escolheu foi o próprio Jesus e, portanto, não há dúvida quanto à sua legitimidade. Mas Simão era um pecador. Alguém poderia pensar que não foi escolhido devidamente. Mas Jesus diz: Eu conheço aqueles que escolhi. E, de fato, veremos como Simão Pedro será um excelente representante de Jesus aqui na terra e morrerá santamente.
A Igreja tem a infalibilidade na escolha dos seus representantes? Não é uma resposta fácil. Porém, quanto ao Papa, temos a certeza que se o conclave foi legítimo na sua escolha está as mãos de Deus.
O que Jesus disse no final deste Evangelho. Disse: Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
Ou seja, está dizendo para recebermos, para ouvirmos a voz dos seus representantes, com um alerta feito no início do seu Evangelho, isto é, que sejam apenas mensageiros da verdade divina, sem alterá-la ou criá-la.
Isto nos faz pensar que realmente Jesus criou a sua Igreja, pois eles são os seus enviados. Se Jesus não quisesse a existência da sua Igreja, não haveria enviados. E é importante que ouçamos a voz deles, pois quem recebe aquele que eu enviar, me recebe a mim.
Os seus representantes estarão sendo bons se não alterarem ou criarem nada daquilo que goza da infalibilidade por parte de Deus, o que Jesus ensinou e o que o Magistério da Igreja afirmou formalmente como verdade definitiva. E, com o acréscimo da sua santidade, estas verdades se tornam muito luminosas.
Lição: ver nos enviados legítimos de Cristo o próprio Cristo; respeitá-los e rezar para que sejam cada dia mais santos.
