DOUTRINA CATÓLICA (35): MANDAMENTOS (9)

EVANGELHO – Jo 6, 35-40

Naquele tempo, disse Jesus à multidão: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede. Eu, porém, vos disse que vós me vistes, mas não acreditais. Todos os que o Pai me confia virão a mim, e quando vierem, não os afastarei. Pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Pois esta é a vontade do meu Pai: que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
Jesus no Evangelho de hoje nos diz que aqueles que estão abertos à verdade vão aceitar o que Ele está nos dizendo, isto é, que Ele estará na Eucaristia e será nosso alimento. E para dar testemunho da veracidade das suas palavras, Jesus diz que tudo o que Ele faz e nos ensina é para dar cumprimento à vontade do Pai, “pois eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: (…) que toda pessoa que vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o ressuscitarei no último dia”. Que aumentemos, portanto, a fé na presença de Jesus Cristo na Eucaristia.

Dando continuidade à nossa série sobre a Doutrina Católica, estamos estudando o sexto mandamento, “Não pecar contra a castidade”. Vimos na semana passada o que é a castidade e qual é o seu sentido, a sua importância. Hoje vamos entender melhor porque não se pode buscar o fim unitivo sem o procriador, por que não se pode realizar a contracepção e porque não se pode provocar o prazer sexual no próprio corpo. Vejamos.

Poderia explicar melhor porque não se pode buscar o fim unitivo sem o procriador, por que não se pode realizar a contracepção e provocar o prazer sexual no próprio corpo? O texto que vou ler, foi escrito por mim, assim como o que falei na semana passada, e trabalhei muito neles para explicar da melhor maneira possível como entender este mandamento e tudo o que ele prescreve. Como sempre, Deus é muito mais sábio do que nós, Ele nunca erra. Nós é que precisamos queimar um pouco a cabeça para entender o que Ele nos ensina, entender que tudo é para a nossa felicidade.

1.  Por que todo prazer está associado a um bem e o bem é o mais importante a ser buscado.
2.  Ora, o sentido do prazer, segundo os planos de Deus, é incentivar a busca do bem. Ex: prazer da bebida: se ele não existisse não beberíamos o suficiente para manter o corpo hidratado. Prazer da comida: se ele não existisse não comeríamos o suficiente para alimentar o nosso corpo.
3.  O prazer é, portanto, segundo os planos de Deus, um auxílio e não um fim.
4.  O que acontece se coloco o prazer como fim ao invés do bem? Como ele não foi feito para isto, muitas coisas negativas virão daí:
– me tornarei escravo dele;
– me torno escravo de uma realidade inferior à natureza humana: bebida, comida, excitação física, dinheiro;
– tornando-me escravo arruinarei muitas coisas: a saúde, a família, patrimônio, etc;
– depois: todo prazer pede mais prazer; é uma bola de neve que não tem fim;
– para buscá-lo não terei nenhum escrúpulo em instrumentalizar as pessoas.
5.  Portanto o prazer nunca pode ser um fim em si mesmo, mas sempre subordinado ao bem.
6. No caso da masturbação: digo sim ao prazer sem ter o bem da procriação associado a ele.
7. Malícia da masturbação: principal malícia: ver os homens ou as mulheres como objeto de prazer.
Geração: prazer ligado a um bem que é a procriação
8.  No caso da contracepção: digo sim ao prazer e não taxativamente à procriação. Não tenho nenhuma abertura à procriação. Este é o caso do preservativo, da pílula, do DIU, etc.
9.  No método natural: não digo não à procriação mesmo que seja no período infecundo, pois de “alguma forma” ainda mantenho a união entre o fim unitivo e o procriador. Estou aberto à procriação ainda que com toda certeza não será fecundo.
10.  Malícia da contracepção:
– manipulo a faculdade geradora da vida humana, algo tão sagrado, para obter prazer. Manipular qualquer coisa para obter o prazer já é algo perverso, muito mais quando esta manipulação se refere a algo tão sagrado como a vida humana;
– não há amor neste ato; há amor quando é aberto à procriação; se não está aberto à procriação, está aberto só ao prazer, eu uso a outra pessoa para obter prazer.

Lição: Deus, com o sexto mandamento e com todos os outros, está nos conduzindo para o amor perfeito. Deus é um Pai e só quer o nosso bem. Saibamos confiar em tudo o que nos ensina e entender tudo o que conseguirmos. Mas a verdade não deve estar em função do que nós entendemos porque somos criaturas limitadas e inclinadas ao pecado. Muitos condicionam a verdade a se elas entendem ou não. Nunca esqueçamos que somos apenas criaturas e Deus é o criador.

DOUTRINA CATÓLICA (35): MANDAMENTOS (9)

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