EVANGELHO – Lc 14, 1.7-11
Aconteceu que, num dia de sábado, Jesus foi comer na casa de um dos chefes dos fariseus. E eles o observavam. Jesus notou como os convidados escolhiam os primeiros lugares. Então contou-lhes uma parábola: “Quando tu fores convidado para uma festa de casamento, não ocupes o primeiro lugar. Pode ser que tenha sido convidado alguém mais importante do que tu, e o dono da casa, que convidou os dois, venha te dizer: “Dá o lugar a ele”. Então tu ficarás envergonhado e irás ocupar o último lugar.
Mas, quando tu fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: “Amigo, vem mais para cima”. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. Porque quem se eleva, será humilhado e quem se humilha, será elevado”.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor
Olhar para Jesus: Jesus hoje no seu Evangelho nos convida a viver a virtude da humildade. O orgulhoso quer aparecer, quer ocupar os lugares mais importantes, quer brilhar. Deus quer que não deixemos o orgulho crescer em nós, pois ele causa um grande mal para a nossa alma e para a dos outros. Para não deixar o orgulho crescer uma luta concreta é a de não ficar dando voltas em nós mesmos. Que toda a nossa cabeça esteja em amar a Deus e ao próximo.
Vamos dar continuidade à nossa série sobre a Bíblia. No último sábado falamos sobre a promessa de Deus, logo após o pecado original, da salvação, do perdão dos nossos pecados.
A partir daí, o livro do Gênesis passa a narrar a história dos filhos e descendentes de Adão e Eva. Começa pela história de dois filhos, Caim e Abel, onde já vemos as consequências do pecado original. Caim, movido por uma grande inveja, decide matar Abel e leva isso a cumprimento.
Os filhos e descendentes de Caim vão se afastando cada vez mais de Deus até que Deus decide começar tudo de novo através de Noé, tal era a situação de pecado em que vivia a humanidade. Deus envia o dilúvio e todos morrem, com exceção de Noé e sua família que ficaram dentro de um barco construído por Noé a pedido de Deus.
Depois de Noé e do dilúvio que ocorreu por volta do ano 2 mil antes de Cristo, vem a história de Abraão, que é por volta de 1850 antes de Cristo. Deus escolherá este homem para formar o seu povo. Qual é a ideia de Deus? Para mudar o coração do homem, Deus irá formar um povo que viverá segundo as suas leis e assim irá mostrar ao mundo como todos nós devemos viver. E deste povo também virá o Salvador que nos perdoará dos nossos pecados.
E quem foi escolhido para ser a cabeça deste povo? Abraão.
Abraão foi filho de Terá, e sua família era natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia.
No capítulo 12 do livro de Gênesis, a Bíblia nos relata a aparição de Deus a Abrão e o pedido para que deixasse a sua parentela e partisse para uma terra prometida. Com setenta e cinco anos, ele partiu em direção à terra de Canaã levando consigo sua esposa Sara, seu sobrinho Ló, e todos os seus servos e bens que havia adquirido.
Após chegar a Canaã, devido à fome que castigava a terra, Abraão desceu até o Egito.
Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do sul, e retornou para Canaã. Tanto Abraão quanto Ló eram muito ricos. Por isso houve até mesmo contenda entre seus servos, porque a terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se separaram. Ló preferiu residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas montanhas, chamada Manre (Hebrom) ao sul.
Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17 o nome do então Abrão, é mudado para Abraão, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.
Tais mudanças nos nomes tem a ver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda em Gênesis 12. Depois, já no capítulo 15 de Gênesis, Deus promete a Abraão que ele será pai de uma imensa nação, apesar da sua idade e apesar da esterilidade de Sara. Sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.
Passando o tempo e não tendo filhos, Sara sugere a Abraão que se une à sua escrava Agar para ter um filho. Assim nasce Ismael. Depois do nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que de Sara, na ocasião com noventa anos, ainda seria mãe. Por fim nasce Isaac.
Isaac se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas que Deus havia feito, porém Deus pediu para Abraão sacrificar seu filho Isaac.
Imaginem a situação: quando finalmente Abraão consegue ter um filho, Deus lhe pede para sacrificá-lo. Além da dor que isto lhe poderia supor, este pedido de Deus ia contra toda a promessa da descendência.
Abraão mostrando uma fé gigantesca, confia em Deus e sobe até o monte para sacrificar o seu filho. Na hora que ia matá-lo, um Anjo do Senhor segurou sua mão e lhe disse que havia provado sua fé e que já não precisava matar o seu filho.
A Bíblia diz que Abraão viveu 175 anos e foi sepultado em Hebrom.
Lição: que a história de Abraão seja uma lição de fé e de confiança em Deus. O Catecismo da Igreja elogiando a fé de Abraão dirá que ele é o nosso pai na fé. Que saibamos confiar plenamente em Deus, pois Deus nunca deixou de cumprir suas promessas.
