ANJO DA GUARDA: DOUTRINA DA IGREJA

EVANGELHO – Mt 18, 1-5. 10

Naquela hora, Os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram:
“Quem é o maior no Reino dos Céus?” Jesus chamou uma criança, colocou-a no meio deles e disse: “Em verdade vos digo, se não vos converterdes, e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus. Quem se faz pequeno como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus. E quem recebe em meu nome uma criança como esta, é a mim que recebe. Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus.
– Palavra da Salvação
– Glória a vós, Senhor

Olhar para Jesus:
como dissemos, hoje comemoramos a festa dos Anjos da Guarda. Jesus no Evangelho de hoje fala da existência dos anjos e, concretamente, dos anjos de cada criança: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, pois eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sem cessar a face do meu Pai que está nos céus”.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que nossa vida é acompanhada pela assistência e intercessão dos anjos. O parágrafo 336 afirma esta verdade: “Cada fiel tem ao seu lado um anjo como protetor e pastor para o guiar na vida”. Os Padres da Igreja, como Tertuliano, Santo Agostinho, Santo Ambrósio, São João Crisóstomo, São Jerônimo e São Gregório de Nisa, defenderam a existência de um Anjo da Guarda, mesmo antes de haver uma formulação dogmática a respeito dessas criaturas divinas.

Sobre a natureza e missão dos anjos, o catecismo afirma: “Os anjos são criaturas espirituais que glorificam a Deus sem cessar e servem os seus planos salvíficos em relação às outras criaturas. Os anjos prestam a sua cooperação a tudo quanto diz respeito ao nosso bem” (Parágrafo 350).

Além de nos guardar e nos proteger, nosso Anjo da Guarda intercede por nós diante de Deus, pedindo ao Pai pela nossa salvação. Sua missão maior junto a nós, muito mais que nos proteger de perigos, é nos levar para o céu, é nos levar ao encontro com Jesus Cristo, é a salvação de nossa alma. Por isso ele está sempre ao nosso lado, desde a nossa concepção até o momento em que prestaremos contas de nossa vida a Deus.

Saber que temos um anjo permanentemente ao nosso lado, é uma verdade muito consoladora!!!

Quem não gostaria de ter uma companhia sempre ao seu lado? Quem não gostaria de ter a companhia de alguém que é mais sábio do que nós? Quem não gostaria de ter a companhia de alguém que é mais poderoso do que nós? Pois, este é o nosso Anjo da Guarda!!! Alguém que pode nos iluminar o caminho o dia inteiro com a sua sabedoria. Alguém que pode nos ajudar o dia inteiro com o seu poder. E alguém que, além de tudo, já é santo, já alcançou o Céu. Ou seja: não tem uma gota de maldade e é apoio seguríssimo para alcançarmos o Céu.

O que, então, podemos fazer? Ter devoção pelo nosso Anjo da Guarda, isto é:
– começar a ter uma verdadeira amizade com ele; uma amizade invisível, íntima, interior;
– começar a acudir a ele nas nossas necessidades; sei de gente, por exemplo, que recorre a ele toda vez que precisa encontrar vaga no estacionamento; e encontra!;
– rezar diariamente alguma oração ao nosso Anjo da Guarda, como, por exemplo, a “Santo Anjo do Senhor meu zeloso guardador, se a ti me confiou a piedade divina, sempre me rege, guarde, governe e ilumine. Amém.” Ou “Anjo da Guarda, minha doce companhia, não me deixe só, pois eu me perderia, ajudai-me a viver como minha mãe Maria! Amém.”

Numa ocasião, uma moça oriental que estava começando a frequentar uma casa do Opus Dei em Londres, teve naquele dia uma aula de doutrina e a aula foi justamente sobre a existência dos anjos e do anjo da guarda. Neste dia ela ficou estudando até tarde nesta casa e, no caminho de volta para casa, já estando escuro, ela cruzou o Hyde Park. Em determinado momento viu um rapaz mal-encarado e lembrando do anjo da guarda, acudiu à sua intercessão. No dia seguinte viu no jornal a notícia de que haviam preso um maníaco que circulava por este parque. Ao ver a foto, reconheceu o rosto daquele rapaz, e resolveu ir até a delegacia para defendê-lo, pois lhe parecia inocente já que não fez nada a ela. Na delegacia, dando-se conta que realmente era um maníaco, perguntou-lhe porque, então, não lhe havia feito nada. Ele respondeu: “porque havia um bruta monte do seu lado”.

Lição: não sejamos tontos de esquecer do nosso Anjo da Guarda, de não torná-lo nosso grande amigo e companheiro para nos proteger e levar-nos para o Céu.

ANJO DA GUARDA: DOUTRINA DA IGREJA

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